O município de Vilhena (RO), no Cone Sul, chegou a 93.745 habitantes em 2016, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de agosto. Em comparação ao último censo, realizado em 2010, a cidade ganhou 17 mil em seis anos, o que equivale a um crescimento de 23%.
Com o novo número, Vilhena se torna o 4° maior município do estado de Rondônia, ficando atrás apenas de Porto Velho (511.219), Ji-Paraná (131.560) e Ariquemes (105.896). Em 2010 Cacoal ocupava a 4ª posição, com 78.574 habitantes, mas agora ficou para trás este e está com 5.868 moradores a menos do que em Vilhena.
Em relação a faixa territorial, o município permanece com 11.699,27 km², mesmo após ganhar uma área de 500 km² com a descoberta do “vazio geográfico“, em março deste ano. De acordo com a unidade do IBGE em Rondônia, o fato se dá porque os dados ainda não foram oficialmente atualizados nos mapas.
“Os novos mapas estão no banco de dados do IBGE no Rio de Janeiro em processo de incorporação e atualização, não havendo previsão para publicação”, informou o geógrafo do instituto, Paulo Henrique Schroder.
Já o perímetro urbano cresceu consideravelmente. De acordo com a Secretaria Municipal de Terras (Semter), foram implantados, nos últimos cinco anos, 17 novos loteamentos que resultaram em mais de 7mil propriedades.
Perfil dos novos moradores
Segundo a prefeitura, no 1° semestre de 2016 fixou-se na cidade famílias do estado do Acre, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e de municípios de Rondônia como Cerejeiras e Cabixi.
No índice regional encontra-se a servidora pública Marisa Angélica Rosas, de 43 anos, que veio de Cabixi para Vilhena no intuito de estudar Comunicação Social. “Me apaixonei pela cidade, na verdade. As pessoas são bem receptivas, o clima é bom. É um lugar que eu escolhi para viver até quando Deus permitir”, disse Marisa.
Já a manicure Marina Ferreira, de 27 anos, mudou-se com a família de Cerejeiras para Vilhena por causa das oportunidades de emprego. Antes ela trabalhava em uma padaria, mas sempre quis montar um negócio próprio, que só foi possível com a mudança. “Lá eu não tinha escolha, o que vinha eu tinha que trabalhar”, relembra.