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Jaru, 24 de novembro de 2024

Colheita de soja atrasa no Vale do Jamari, em RO, devido às chuvas na região

Com o tempo firme, as colheitadeiras trabalham a todo vapor na fazenda Santa Maria em Rio Crespo (RO), no Vale do Jamari. Em comparação com outras regiões do estado, o plantio da soja na região foi tardio, em outubro de 2019, devido a escassez de chuva na época.

Este ano, o grão ocupa mais de mil hectares da propriedade e a previsão é de que sejam colhidas mais de 60 mil sacas. No entanto, para não ter prejuízo, é preciso aproveitar o bom tempo, pois o excesso de chuva preocupa os produtores, e a safra, que geralmente termina em fevereiro, está prevista para encerrar somente no final de março.

“Estamos hoje com, estima-se, 40% a 50% colhido e provavelmente até o fim do próximo mês já devemos estar com a safra 2019/2020 colhida”, explica o engenheiro agrônomo Ricardo Branco.

Colheita de soja em Rondônia — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

O gerente da fazenda, Rodrigo Ceribola, diz que a expectativa é para que o tempo se mantenha bom para que tenha prejuízos com a safra. “Se o tempo maneirar um pouco acho que não dá perca, mas se continuar chovendo como estava nos últimos dias, já começa a preocupar”, diz.

Essa preocupação com o tempo é porque depois de dessecado, o grão precisa ser colhido em cerca de oito dias. Se demorar muito, perde a qualidade na hora da classificação e o produtor corre o risco de perder toda a safra.

Na fazenda Santa Maria duas colheitadeiras carregam os caminhões que vão para os secadores, e em seguida para o porto do Rio Madeira em Porto Velho, distante cerca de 200 quilômetros. A proximidade com o porto é uma das vantagens dos produtores da região que chegar a ganhar até R$ 6 a mais do que com os grãos colhidos no sul do estado.

Soja colhida será transportada para o porto do Rio Madeira na capital — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Soja colhida será transportada para o porto do Rio Madeira na capital — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Depois que a soja for colhida, uma nova safra deve ser plantada, mas menor, com apenas 300 hectares. Em seguida o solo vai receber o milho da safrinha. “Colho a soja, planto a soja safrinha e agora nos primeiros dias acaba a soja e entro plantando milho safrinha de segunda safra”, conta Rodrigo Ceribola.

A Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) estima que em Rondônia o plantio da safra 2019/2020 passou de 400 mil hectares e a produção estadual deve atingir cerca de 1,2 milhão de toneladas.


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