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Jaru, 19 de março de 2024

Variedades especiais de capim melhoram o desempenho da produtividade na bovinocultura de Rondônia

Produtores rurais de Rondônia orientados pela Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia – Emater/RO, vêm adotando o cultivo de espécies de capim elefante melhoradas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e adaptadas para Rondônia. Produtores e extensionistas garantem que a capacidade de lotação da pastagem, que era de duas Unidades Animal – UA por hectare, passou para cinco UA na mesma área. Com a utilização da nova tecnologia se conseguiu ganho de peso e produção de leite por área jamais visto pelos produtores do Estado.

CAPIAÇU

São duas as cultivares lançadas, uma possibilita pastejo em piquetes rotacionados e é identificada com o nome de BRS Kurumi, trata-se de uma variedade de capim elefante anão. Esse tipo de capim é muito rico em elementos nutricionais e possui grande capacidade de produção de massa verde. A outra é o capim BRS Capiaçu, cultivar com maior aptidão para o fornecimento aos animais no cocho, tanto na forma de forragem fresca como servida na forma de silagem. Capiaçu é uma variedade de capim elefante gigante que alcança 4m de altura, capaz de produzir 100 toneladas de massa verde por hectare, em um único ciclo.

KURUMI 

Conforme informações obtidas mediante relatório da Embrapa, em uma avaliação dos impactos da cultivar BRS Kurumi, verificou-se a produtividade da terra em relação à produção de leite por hectare ano. Segundo consta no relatório o resultado é impressionante. Onde se produzia 4.467 litros de leite por hectare ano, com pastagem comum, depois da adoção da tecnologia – BRS Kurumi, houve um salto para 14.296 litros por ano. Um crescimento de 9.829 litros de leite na mesma área (considerando-se poder alimentar até cinco vacas por hectare, com a tecnologia, no sistema de pastejo).

As experiências de produtores confirmam a potencialidade e efetividade da tecnologia na produção de forragem

FORRAGEIRA

A forrageira carrega uma tecnologia obtida pela seleção de clones de capim elefante, que se destaca pela capacidade de produzir grande quantidade de forragem de alto valor nutritivo por hectare, em um ciclo de 90 dias. É capaz de produzir até 50 toneladas de matéria seca por hectare ano, quantidade de volumoso que suplementado com sais minerais e fontes de proteína, pode alimentar até 50 bovinos adultos por ano, aponta relatório de resultado de pesquisa da Embrapa.

POTENCIALIDADE

As experiências de produtores informadas aos extensionistas da Emater/RO confirmam a potencialidade e efetividade da tecnologia na produção de forragem. As cultivares foram introduzidas em Rondônia na metade da década passada, e já são largamente difundidas em todos os municípios do Estado, especialmente entre os produtores de leite. O presidente da Emater/RO, Luciano Brandão, destacou que incentiva a divulgação dessa tecnologia, porque ajuda a baixar o custo de produção, razão pela qual o Governo mantém os programas de incentivo.


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