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Jaru, 28 de março de 2024

CASO NICOLAS: Mãe apela para reencontrar o filho desaparecido em Hospital de Rondônia

“Não sei mais a quem recorrer, pois a justiça do homem tem sido muito falha na minha busca pra encontrar o meu bebê Nicolas… E simplesmente cruzaram os braços em relação ao caso do desaparecimento do meu filho…toda vez que o advogado que cuida do caso vai até a delegacia é uma desculpa nova por parte da delegada.  Sempre diz que tem muitas ocorrências pra ele. Fala que está sem agente pra investigar, sem escrivão, ou seja TODO TIPO DE DESCULPAS que vc pensarem. A minha vida está sendo destruída por esse descaso… então, a minha única saída é usar as redes sociais…. Peço encarecidamente… peço como uma mãe em desespero… pra saber o que aconteceu com o meu bebê… #COMPARTILHEM, me ajudem por favor… divulguem ao máximo que vocês puderem esse cartaz, qualquer informação fará toda a diferença na minha vida… Se alguém sabe o que aconteceu no dia 22 maio de 2014, na maternidade Regina Pacis em Porto Velho, pelo amor que vcs tem nos filhos de vcs, me ajudem! Vcs como pais e mães me ajudem…. pois eu acredito que só unidos vamos descobrir a VERDADE do caso Nicolas… Virou caso do Estado, todos querem uma resposta… e a pergunta que não quer calar é : CADÊ NICOLAS E O QUE REALMENTE ACONTECEU COM ELE????? Quero saber qual é o problema da delegada que não faz NADA. E sobre o relatório que foi ocultado em 2014 veio à tona em 2016, MAS NINGUÉM FAZ ABSOLUTAMENTE NADA. Vejam um trecho do relatório (fac-símile do lado direito) e me digam se é suspeito a atitude desta delegada ou não?!”. Este é o apelo que Marceli Natz enviou ao Mais RO, através do jornalista Douglas Mendonça, do program Giro 190, da Rádio Globo de Porto Velho. 
 

O drama teve início em 22 de maio de  2014, quando Marceli Natz deu a luz ao pequeno Nicolas Natz. Ela, que mora em Cujubim  (Município de Rondônia distante cerca de 224 km de Porto Velho), vinha para a capital  ter seu bebê. Foi obrigada a parar em Candeias do Jamari, onde entrou em trabalho de parto no hospital Santa Izabel. Na guia de sepultamento consta que “o parto foi na ambulância”, quando na verdade a criança nasceu no hospital de Candeias. Segundo a polícia, “teria tido seu corpo incinerado acidentalmente”. Mas os problemas da família começaram após o nascimento. Marcieli foi encaminhada para internação no Hospital de Base e Nicolas no Hospital Infantil Cosme Damião. Porém, alegaram que havia a necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e a criança foi transferida para a Maternidade Regina Pacis, onde teria falecido.

O corpo do bebê teria desaparecido durante a transferência para o necrotério do Hospital de Base.

Para a polícia, o corpo do bebê teria sido levado por funcionários de uma empresa terceirizada, que presta serviços ao governo no transporte de material hospitalar descartado. A empresa é responsável por levar para incinerar pedaços humanos que foram extraídos ou amputados. O cadáver, segundo as investigações, estava enrolado em um pano de cor branca, um lençol e foi levado por engano no lixo hospitalar. De acordo com o diretor geral da Polícia Civil, Pedro Mancebo, o cadáver do bebê foi incinerado por uma empresa – que presta serviços ao hospital – de forma errônea. Ainda de acordo com o diretor, houve uma grande confusão e falta de fiscalização no recolhimento do corpo, sendo que os materiais hospitalares e cadáver são recolhidos em sacos de cores diferentes, um na cor vermelhe e outro branco. Vermelho para corpos e brancos para lixo hospitalar. No dia do recolhimento do corpo, não havia o saco vermelho, porém o corpo da criança foi colocado no saco branco e levado direto para ao incinerador da empresa. Um funcionário avistou que tinha algo de errado e avisou o responsável pelo incinerador, que falou que não tinha mais o que fazer, pois o corpo já havia sido incinerado.

A família não acredita nessa hipótese e quer que a investigação prossiga.

Em agosto de 2014, um vídeo feito com as câmeras de segurança da maternidade Regina Pacis, mostra um motoboy e uma suposta médica entrando no hospital e saindo com uma mochila, onde poderia estar a criança. A suposta médica entra e sai junto com o motoboy. As imagens são do dia do desaparecimento do corpo do bebê.

 

 

Fonte: Painel Político (Alan Alex)

 
Família espalhou cartazes oferecendo recompensa para quem tivesse informações sobre Nicolas, que supostamente estaria desaparecido há 2 anos. Criança que foi encontrada no interior do estado vai passar por DNA. (Foto: Marciele Naitz/Arquivo Pessoal)
Família espalhou cartazes oferecendo recompensa para quem tivesse informações sobre Nicolas, que supostamente estaria desaparecido há 3 anos. Criança que foi encontrada no interior do estado vai passar por DNA. (Foto: Marciele Naitz/Arquivo Pessoal)

Cerca de um ano atrás, a mãe do bebê que desapareceu durante uma transferência entre hospitais de Rondônia contestava o laudo da polícia, que concluia que o corpo do filho dela havia sido incinerado por engano após o falecimento. Marciele Naitz nunca confiou nos resultados e pedia pelo DNA da criança incinerada. A mãe foi chamada para colher material genético para um teste de DNA após a denúncia de que uma criança no interior do estado poderia ser Nicolas. “É uma felicidade extrema”, comemora Marciele.

A denúncia não veio por acaso. Há um mês e meio, a família de Marciele começou a espalhar cartazes por várias cidades. O anúncio oferecia a quantia de R$ 5 mil reais para quem tivesse informações sobre o bebê. Até que o telefone tocou.

Corpo de recém-nascido foi incinerado por engano, em Porto Velho (Foto: Gaia Quiquiô/G1)
Polícia alegou em inquérito que corpo de
recém-nascido foi incinerado por engano
(Foto: Gaia Quiquiô/G1)

“A pessoa descreveu certinho o endereço, as informações. Ligamos para o Ministério Público que protocolou a denúncia e pediu para a polícia averiguar a situação e pedir às pessoas que estavam com a criança para vir a Porto Velho e fazer o exame”, explicou Marciele.

Ela conta que ainda não viu a criança ou teve contato com a família. Segundo a mãe, existem procedimentos a serem respeitados para proteger a integridade da criança. Ela só poderá ver o menino se for confirmado que ele é Nicolas. Ainda não há prazo para o resultado do exame e alega que vai tentar obter o resultado do exame por meios particulares.

Não há nada confirmado, mas ela, que nunca acreditou que Nicolas estivesse morto, tem esperança que a denúncia se confirme. Além disso, a própria Marciele acredita que a luta pessoal pode inspirar outras famílias a lutar por justiça. “Existem mais inquéritos na DEPCA sobre crianças desaparecidas que acabam no esquecimento. Depois que a gente realmente descobrir o que aconteceu com o Nicolas, outras famílias terão forças para descobrir o que houve com os próprios filhos”, pondera.

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Informações do G1


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