Jaru Online
Jaru, 22 de novembro de 2024

Caso Beatriz: Justiça marca audiência de instrução para ouvir testemunhas da morte da adolescente de 14 anos

Foi marcada para 4 de maio a audiência de instrução para ouvir testemunhas do caso Beatriz, a adolescente de 14 anos que foi encontrada morta e quase degolada em Colina Verde (RO), distrito de Governador Jorge Teixeira, em fevereiro deste ano.

Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) também aponta que Beatriz estava grávida quando foi morta.

Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), o caso é tratado como feminicídio. O principal suspeito do crime é Erik Moraes, de 22 anos, que seria ex-namorado da vítima. As investigações apontam que a morte teria sido premeditada após a menina terminar o relacionamento com ele.

Durante a audiência de instrução devem ser ouvidas testemunhas de acusação, pois o suspeito “já informou expressamente que não tem testemunhas a indicar”, segundo o processo. Além dos procedimentos de interrogatórios também devem ser feitas análises de provas, por exemplo.

Somente depois disso a Justiça poderá informar se ele será, ou não, julgado pelo Tribunal do Júri, se houver a comprovação ou negação da materialidade — se crime de fato ocorreu — e indício de autoria.

Entenda o caso

 

Beatriz Ferreira de 14 anos foi encontrada morta no início de fevereiro, em uma estrada em Colina Verde. As marcas no corpo da vítima indicam que ela estava quase degolada.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), ao chegar no local do crime, o ex-namorado da vítima relatou que havia dado o golpe no pescoço da adolescente. Inicialmente havia a hipótese da arma do crime ser um canivete, mas as investigações da Polícia Civil apontam que foi usada uma faca.

Investigações

 

Segundo a delegada Caritiana Cuellar, responsável pelo caso, há fortes indícios que o crime foi premeditado após a menina terminar o relacionamento com o agressor. Mas mesmo depois da separação o suspeito continuava procurando a vítima, segundo as investigações. Até que no dia do crime ele a convidou “apenas para uma conversa como amigos”.

“Mas ele assassinou ela. Depois ainda gravou o ato e encaminhou vídeos da adolescente morta, quase decapitada, para alguns familiares”, informou a delegada Caritiana Cuellar.

G1


COMPARTILHAR