O Ministério Público do Estado de Rondônia (MP-RO) solicitou nesta semana o indeferimento do pedido de assistência psicológica privada, feito pela defesa de Gabriel Masioli. Ele é acusado de matar Antonieli Nunes para não assumir a paternidade do filho que ela esperava, em Pimenta Bueno (RO).
O indeferimento foi solicitado, segundo o promotor de Justiça de Pimenta Bueno, Tiago Cadore, pois o Estado tem profissionais próprios para atender o acusado, caso seja necessário.
O debate começou após a defesa entrar com um pedido de avaliação psiquiátrica alegando que ele sofre de insanidade mental. O exame ainda deve ser feito para confirmar se Gabriel tem, ou não, essa condição de saúde. Se confirmada, ele poderá receber tratamento psiquiátrico no seu processo.
“[A defesa] gostaria que ele fosse atendido por psicólogo particular dentro da unidade prisional, mas o MP se posicionou de forma contrária, uma vez que a unidade prisional de Pimenta Bueno, onde ele está recolhido dispõe de psicólogos e atende a todos os presos que precisam desse tipo de atendimento”, disse Cadore.
“Não há nenhum motivo para que ele receba atendimento diferenciado na cadeia, devendo ser submetido ao mesmo tratamento dos demais presos e atendido pelos psicólogos do estado”, finalizou o promotor responsável pelo caso, Tiago Cadore.
O g1 tenta contato com a defesa do citado.
Relembre o caso
Antonieli foi morta no dia 2 de fevereiro e o corpo dela encontrado no dia seguinte, após parentes irem até uma casa para verificar o que estava acontecendo, pois a vítima não apareceu para trabalhar e nem respondia mais as mensagens de celular.
Gabriel Henrique Santos Souza Masioli, no mesmo dia que o corpo foi achado, compareceu na delegacia. Ele confessou o crime, mas não ficou preso. Um dia depois, a Justiça de Pimenta Bueno decretou sua prisão e desde então ele se encontra detido.
O acusado é casado e manteve um relacionamento extraconjugal com Antonieli por 10 meses, segundo as investigações. Um dia antes do crime, ela teria revelado a ele que estava grávida e não queria esconder quem era o pai.
Em depoimento, Gabriel contou que teve um “ataque de ansiedade” e começou a estrangular Antonieli enquanto eles estavam deitados “de conchinha”.
Ele revelou que só parou o mata-leão quando não sentia mais o próprio braço, “de tanto que havia apertado o pescoço” dela.
Alguns instantes depois, ele teria percebido que Antonieli respirava e pediu que ela desse sinais se ainda estava viva. Quando percebeu os sinais, ele deu uma facada no pescoço da mulher e abandonou a casa levando os pertences e objetos que tinha tocado.
A morte de Antonieli Nunes Martins, de 32 anos, chocou todo o país no início de fevereiro. Familiares e amigos chegaram a realizar um protesto pelas ruas de Pimenta Bueno pedindo por Justiça.
G1