Na denúncia oferecida pelo Ministério Público ao judiciário, a acusação pediu que o motorista fosse julgado pelo crime de tentativa de homicídio por ter arrastado uma barraca com a carreta e ainda atingir uma mulher que estava na BR-364.
A defesa do motorista, conhecido como Danilo, pediu no requerimento que o suspeito seja julgado por lesão corporal.
No documento enviado ao juiz, os advogados usaram também o resultado do laudo pericial, onde constatou que o ferimento sofrido pela manifestante não ofereceu risco à vida dela.
Além disso, os advogados do motoristas usaram depoimentos de testemunhas que alegaram a inexistência de um bloqueio de manifestantes na rodovia e que, no dia do fato, mais de 20 pessoas pararam e cercaram a carreta de Danilo.
O caso
O atropelamento da manifestante aconteceu um mês após o resultado das Eleições 2022, quando o motorista, de 32 anos, acelerou a carreta na direção de um grupo de bolsonaristas e acabou atropelando uma mulher, de 53 anos.
Um vídeo feito no momento do acidente mostra o veículo arrastando lonas que eram usadas nas barracas e várias pessoas correndo assustadas.
O local do atropelamento foi numa área de concentração de manifestantes contrários ao resultado das Eleições presidenciais.
O caminhoneiro se encontra preso desde o incidente na BR-364. A mulher atropelada foi socorrida ao hospital naquela época, e recebeu alta dias depois.
Em dezembro do ano passado, após concluir o inquérito, a Polícia Civil indiciou o motorista Danilo por por tentativa de homicídio duplamente qualificado.
Segundo denúncia, o indiciamento é duplamente qualificado pelo perigo comum gerado e por tornar impossível a defesa da vítima
Caminhoneiro acelerou contra manifestantes na BR-364 em RO — Foto: WhatsApp/Reprodução
G1