Em meados de fevereiro, os borracheiros Ozimar Queiroz e Lindomar Queiroz se surpreenderam quando chegaram cedo para trabalhar na borracharia localizada na Estrada do Belmont, Zona Norte de Porto Velho. Isso porque nas margens da estrada havia um cão abandonado. O animal dócil estava magro, com as patas abertas e sem conseguir andar.
Sensibilizado com a situação do cachorro, Ozimar, conhecido como Galego, resolveu cuidar do cachorro até encontrar alguém para adotá-lo, mas já se passaram 20 dias e o cachorro segue sem um lar definitivo.
“Jogaram aqui na frente. Nós chegamos de manhã e ele estava ali. A gente se compadeceu, botamos ele pra cá e estamos dando comida, mas o coitado fica nessa situação aí. Ele não anda nada, pois as duas patas dianteiras estão viradas para trás”, conta.
Gato que fica na borracharia é a única companhia de foca o dia todo. Ele se suja de lama ao se arrastar para tentar seguir o companheiro. — Foto: Diêgo Holanda/G1
Por causa da posição que fica na tábua, o cachorro foi batizado carinhosamente de Foca, pois ele não consegue se deslocar por ter as duas patas abertas.
Os borracheiros mudam ele de lugar algumas vezes durante o dia, mas o cachorro acaba se arrastando na lama para tentar interagir com a única companhia animal possível, um gato de rua que fica andando pela borracharia.
Lindomar Queiroz disse ao G1 que cachorro é dócil e precisa ser assistido por um veterinário, mas não tem condições de bancar o tratamento.
Lindomar Queiroz muda Foca de lugar alguma vezes durante o dia, mas não consegue levar o cachorro para tratamento. — Foto: Diêgo Holanda/G1
“A gente chama ele de foca, pelo jeito que ele fica. Quando a gente pegou, ele estava bem magrinho, mas já está engordando, pois estamos dando comida. Por causa da chuva ele tá todo sujo, mas a gente não tem condições de cuidar aqui”, declara Lindomar.
Interessados em adotar o Foca ou ajudar no tratamento veterinário podem ligar no número 9 9378-7410 (Lindomar) ou ir diretamente à borracharia (contêiner vermelho do lado direito no sentido portos), na Estrada do Belmont, a cerca de 2,5 quilômetros da Avenida Imigrantes, em Porto Velho.