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Jaru, 20 de setembro de 2024

Brasileira ferida durante ataque em Paris deve sair da UTI nesta terça

Em meio a tantas tragédias, uma notícia boa. A brasileira Camila Issa, de 29 anos, atingida por estilhaços durante ataque ao restaurante Le Petit Cambodge, em Paris, deve sair da UTI nesta terça-feira. A psicóloga está internada no hospital Pitié Salpêtrière, no leste da cidade, desde a madrugada de sábado. Em entrevista ao EXTRA, um tio da vítima, que preferiu não ser identificado, contou que a família está bastante aliviada, e que Camila está se recuperando muito bem.
— Ela foi atingida por estilhaços nas mãos, na perna e no braço. Fez uma cirurgia em uma das mãos no sábado e passa bem. Não corre mais risco de vida. Está se alimentando direito e já conversa normalmente. Mas ainda está bastante assustada por conta da dimensão dos fatos. Ela deve sair nesta terça ou, no mais tardar, na quarta-feira da UTI. A família está muito aliviada — conta.
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Segundo ele, a mãe e uma tia de Camila estão em Paris acompanhando a sua recuperação. A psicóloga vive na França e cursa o segundo ano de mestrado na Universidade Paris Diderot – Paris 7.
Camila cursa o segundo ano de mestrado na Universidade Paris Diderot – Paris 7
Camila cursa o segundo ano de mestrado na Universidade Paris Diderot – Paris 7 Foto: Reprodução / Facebook
Arquiteto descreveu momento de ataque ao restaurante
Além de Camila, os arquitetos Gabriel Sepe e Diego Mauro também ficaram feridos durante os ataques. O primeiro foi atingido por três tiros e passou por cirurgias, enquanto o segundo ficou levemente ferido. Ambos passam bem.
Na manhã de sábado, o arquiteto José Lira, que estava com os três brasileiros no restaurante, além de outros amigos, relatou os momentos de horror vividos no local.
“Por volta das 21h30, quando já terminávamos de comer, começaram os estampidos. Estávamos numa mesa à calçada, o som da metralhadora muito próximo, vi faíscas do outro lado da calçada. Juro que pensei que eram bombinhas de São João, uma girândola talvez (…) mas os tiros não paravam e começaram a atingir os pratos e as garrafas em toda parte (…)”, relatou.
Ele contou que fugiu para o supermercado ao lado do restaurante, e que dez minutos depois, chegaram os bombeiros.
“A cena é indescritível (…) não sabia para onde olhar, pessoas pelo chão, grupos de amigos consolando os seus feridos, pessoas chorando, algumas pessoas já mortas sozinhas, outras quase morrendo”, escreveu.


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