Um avião ucraniano caiu logo após decolar de Teerã nesta quarta-feira, 8, matando todas as 176 pessoas a bordo, em um acidente que foi inicialmente atribuído a uma falha do motor.
Detritos e peças fumegantes ficaram espalhados por um campo a cerca de 10 quilômetros do aeroporto Imam Khomeini, enquanto equipes de resgate com máscaras recuperavam corpos das vítimas.
A embaixada da Ucrânia no Irã, citando informações preliminares, disse que o Boeing 737 sofreu uma falha no motor e que o acidente não foi causado por “terrorismo”.
A empresa Ukraine International Airlines disse que estava fazendo tudo que era possível para confirmar a causa da queda, e que a investigação também envolverá a Boeing e as autoridades ucranianas e iranianas. Esse foi o primeiro acidente fatal da companhia aérea de Kiev.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse que todos a bordo morreram. “Minhas sinceras condolências aos parentes e amigos de todos os passageiros e tripulantes”, afirmou em comunicado.
O chefe dos serviços de emergência do Irã, Pirhossein Koulivand, disse não foi possível fazer qualquer tipo de resgate devido à intensidade das chamas após a queda.
“O fogo é tão forte que não podemos fazer qualquer resgate… temos 22 ambulâncias, quatro ônibus e um helicóptero no local”, disse ele à televisão estatal iraniana.
O primeiro-ministro da Ucrânia e a TV estatal iraniana disseram que 167 passageiros e nove tripulantes estavam a bordo. A TV iraniana disse que 32 dos que estavam a bordo eram estrangeiros.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Vadym Prystaiko, disse que as vítimas incluem 82 iranianos, 63 canadenses, 11 ucranianos, 10 suecos, 3 alemães e 3 britânicos. A maioria dos passageiros estava em trânsito, informou a companhia aérea.
A mídia iraniana citou uma autoridade local da aviação dizendo que o piloto não declarou emergência.
A TV iraniana disse que o acidente ocorreu devido a problemas técnicos não especificados. A emissora estatal Irib disse em seu site que uma das duas caixas-pretas do avião foi encontrada.
Fonte:Reuters