Com a previsão de repetir o desempenho de 2014, o Banco da Amazônia (Basa) estima que vai superar a casa de R$ 1 bilhão em financiamento de projetos do setor produtivo no Estado de Rondônia, que contemplam empreendimentos urbanos e rurais, com a garantia dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
Segundo Edmar Souza Bernaldino, superintendente regional do Basa em Rondônia, o estado é o único da região Norte onde o banco tem projetos de financiamento em 100% dos municípios, fato que ele credita não só ao caráter empreendedor dos rondonienses, mas à importante parceira com o Governo do Estado no planejamento de todas as ações, e à imprescindível atuação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater), responsável praticamente pela elaboração de todos os projetos de financiamento do agronegócio local.
Ele destacou que o agronegócio, no universo das ações do banco em Rondônia, atualmente absorve a maior parte dos recursos da carteira, com 66% do volume de financiamentos, destacando a agropecuária e sua completa cadeia produtiva, indo da formação de pastagens até a produção de carne, leite e seus derivados; a pesca e aquicultura, também abrangendo toda a cadeia, e os financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), na produção de alimentos com R$ 132 milhões no ano passado, o que continua sendo estimulado por uma taxa de juros que inicia com 0,5% indo até 5,5% ao ano, dependendo do tipo, montante e tempo de financiamento.
PROJETOS FINANCIADOS
Sempre destacando a participação do Governo de Rondônia tanto no planejamento dos investimentos como na elaboração dos projetos, Edmar Bernaldino apresentou as regiões de Ariquemes, Vilhena e Porto Velho como centros irradiadores dos projetos de financiamento do banco, citando as obras de conclusão da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Canaã, da Madeireira Malinski – maior exportadora de cabos de vassoura do País -, e a estrutura do frigorífico de peixes e fábrica de rações, todos na região de Ariquemes.
Já a região de Vilhena, que compreende todo o Sul do Estado, o Basa está financiando grandes projetos de confinamento e acabamento (bovino), área que responde por importante parcela da pauta das exportações do estado, e também as grandes lavouras de soja, arroz e milho, outro setor expressivo para a balança comercial rondoniense.
No município de Porto Velho, o banco tem financiamentos superiores a R$ 165 milhões em projetos de considerável envergadura, em especial de três grandes supermercados, e mais um do frigorífico de peixes, em fase de análise.
Sob sugestão de órgãos do governo do Estado, como Superintendência de Desenvolvimento de Rondônia (Suder), Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e Secretaria de Planejamento (Sepog), entre outros, o Banco da Amazônia está planejando o financiamento de projetos ligados à sociobiodiversidade no Vale do Guaporé, estimulando a produção de artesanatos, as atividades extrativistas e a aquicultura e pesca; projetos da indústria pesqueira (frigoríficos) em Porto Velho e Ji-Paraná; pecuária de leite e corte, móveis e a cafeicultura, com financiamento de processos tecnológicos para ampliar a produtividade das lavouras.