Nesta terça-feira (13) completa uma semana de greve dos bancos em Rondôniax. Os grevistas aderiram ao movimento nacioanal reivindicando ajuste salarial de 14,8%. De acordo com o presidente do Sindicado dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (Seeb-RO), José Pinheiro, 86% dos bancários aderiram ao movimento e 106 agências seguem fechadas da 130 espalhadas pelo estado.
Segundo Pinheiro, a Federação dos Bancos (Fenaban) irá se reunir com todos os presidentes dos sindicatos para iniciar as negociações nesta terça (13). “A reunião é em São Paulo e eu já estou aqui para brigar pelos direitos dos bancários. Nós reinvindicamos um ajuste de salarial de 14,8%, queremos mais agências para trabalharmos e que haja mais contratações e menos demissões em nosso meio e desejemos o fim de metas abusivas e assédio moral isso”, explica Pinheiro.
O Seeb informou ainda que 24 agências do interior do Estado continuam funcionando normalmente. “Em algumas cidades o movimento é menor e não há lotéricas, os bancários apoiam o movimento grevista, mas não podem fechar as portas, pois não há outro local onde o cliente possa executar suas tarefas”, informou Pinheiro.
Enquanto os bancos não voltam da greve, as filas nas lotéricas aumentam. O estudante de Direito Lucas Lincon precisou utilizar a lotérica para realizar um depósito. “Antes eu usava o caixa eletrônico ou o banco, mas como eles estão em greve eu tive que vir à lotérica para depositar um dinheiro na conta para cair imediatamente, por isso estou na fila”, disse o estudante.
A dona da lotérica, que prefere não se identificar, informou ao G1 que, nos primeiros cinco dias de greve o movimento do local aumentou em média de 40%, mas desde a última segunda (12) o fluxo diminui e as filas também.
Reivindicações
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
A Fenaban disse em nota que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.