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Jaru, 29 de março de 2024

Bancários de Rondônia rejeitam proposta da Fenaban

Os bancários de Rondônia decidiram, na manhã desta segunda-feira, 3/10, em assembléia realizada na Praça Getúlio Vargas, no Centro de Porto Velho, referendar a rejeição do Comando Nacional dos Bancários à proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentada na última reunião do dia 28/9, em São Paulo, e, com isso, vão continuar de braços cruzados e vão intensificar ainda mais o movimento. Até agora já são 118 agências fechadas das 130 existentes no Estado, índice acima dos 91%, mesmo com ameaça de gestores (que ligam para funcionários, coagindo-os para furar a greve), pressão dos bancos com interditos proibitórios e, para completar, a OAB-RO requerendo, por meio de ação civil pública, privilégios que atacam o direito de greve.

Na oportunidade os bancários voltaram a consumir e distribuir cachorros-quentes, uma forma bem humorada de protestar contra o que eles chamam de ‘cachorrada dos banqueiros’, que é exatamente essa insistência em querer rebaixar os salários dos trabalhadores por meio de propostas que só trazem perdas para agora e para o futuro.

A atual proposta dos banqueiros é de um acordo que valeria por dois anos, com nenhum avanço para este ano (continuam insistindo em índice de 7%, mais abono, no valor de R$ 3.500,00) e, para 2017, uma proposta de ganho real de 0,5%. A idéia foi prontamente rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários ainda em mesa de negociação.

“Os bancos são o setor que mais lucra na economia nacional. Só nos seis primeiros meses deste ano os cinco maiores bancos lucraram quase R$ 30 bilhões, ou seja, eles têm totais condições de atender as nossas reivindicações. No entanto, estão realmente dispostos a impor uma política de desvalorização dos trabalhadores, com índices rebaixados e que acaba com o poder de compra dos bancários, além de sequer tratarem de outros pontos importantes da nossa pauta, como saúde, condições de trabalho, proteção ao emprego, mais contratações e igualdade de oportunidades. Mas assim como eles estão firmes em seu posicionamento, nós, bancários, também estamos firmes na nossa luta para não permitir que nossos salários sejam rebaixados e que nossa dignidade seja desrespeitada”, mencionou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

 


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