Autoridades estudam ações para recuperar fazenda invadida, em RO

Vários órgãos de segurança se reuniram na Secretaria de Estado da Segurança Defesa e Cidadania (Sesdec) em Porto Velho, na sexta-feira (22), para definir quais ações serão adotadas em uma nova operação de reintegração de posse na Fazenda Bom Futuro, em Seringueiras (RO). A propriedade foi invadida por cerca de 100 integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) no último domingo (17). Em uma operação na quinta-feira (21), os invasores atiraram no helicóptero da PM.

A reunião em Porto Velho contou com a participação do Comando da Polícia Militar (PM), Secretária de Segurança Pública, Polícia Civil, Ministério Publico de Rondônia (MP-RO), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO).

“Estamos com as instituições da área da segurança para definir qual será a resposta do estado para a situação”, conta o coronel da PM, Plínio Sérgio Cavalcante.

Uma tentativa de reintegração de posse foi realizada na última quinta-feira, mas o grupo da LCP atirou contra o helicóptero do Núcleo de Operações Aéreas (NOA).

Segundo a PM, o grupo do LCP montou uma espécie de barricadas e armadilhas na entrada da fazenda. Tratores e motos foram molhados com gasolina na ponte que da acesso à propriedade. O objetivo é intimidar os policiais e impedir o acesso ao local. A polícia acredita que bombas possam ter sido instaladas na ponte.

Para evitar um possível confronto com os integrantes do movimento, o tenente coronel da PM, Oziel Paradela, que está no comando da operação, ordenou a retirada dos policiais do local.

Os recursos locais não foram suficientes para resolver a situação na fazenda e o comando da operação passou para o Quartel do Comando Geral da Polícia Militar em Porto Velho. Segundo a PM, policiais de Ji-Paraná (RO), Ariquemes (RO) e Jaru (RO) estão em Seringueiras realizando um controle de entrada e saída no município.

“Estamos com a tropa na região, realizando esse controle na entrada do município e com policiais nas proximidades da fazenda para que não aumente o número de pessoas nessa área de invasão, até que nós tenhamos a definição para realizarmos esse trabalho”, afirma o coronel Plínio.