Calistenia: O que é esse esporte que, embora tão praticado no resto do mundo, é pouco conhecido em boa parte do nosso país? A calistenia consiste em realizar exercícios de força, resistência e de muita consciência corporal utilizando barras, solo, caixas ou argolas e geralmente é praticado em parques em praças públicas.
Tal esporte, que vem crescendo cada vez mais no Brasil, começa finalmente a penetrar em solo rondoniense, tendo seu primeiro campeonato estadual realizado no dia 11/08/2018 em Porto Velho.
O primeiro campeonato rondoniense de calistenia foi realizado no Centro de Treinamento Calistenia Lavoyer, e contou com a presença de atletas de alto prestígio no país. O campeão mundial Thiago Tavares, a campeã brasileira Aline Guimarães, o atleta revelação Pedro Silveira e o atleta que passou na seletiva do circo de solei: Ericky Evariato. Essa foi a turma de peso que marcou presença e compôs o juri durante o campeonato.
Também se fizeram presentes atletas de outras cidades que encararam horas de viagem para participar desse campeonato que, por ser o primeiro do estado, tem enorme importância na expansão e impulsão do esporte em RO. Dentre eles, estão Janderson Thiago e Haylson Amaral, forjados no município de Jaru.
Janderson, formado em educação física, pós-graduando e atualmente professor no Centro de Treinamento Calistenia Lavoyer, participou do campeonato interno em duplas. Ele alega ter saído de Jaru por buscar oportunidades de atuar em sua área pois em sua cidade natal não se valoriza muito os educadores físicos. Apesar de amar seu trabalho em Porto Velho, diz sentir saudades da cidade em que nasceu e que, por amor a mesma, tem imenso desejo de ajudar a popularizar a calistenia em Jaru e exercer a profissão para a qual se capacitou em sua cidade natal.
Haylson, atendendo pelo apelido de Navalha, viajou até a capital e participou do primeiro campeonato estadual na modalidade Street Workout, que visa performance com música e combinações de movimentos estáticos, acrobáticos e de força. Apesar de não ter estrutra adequada para o treino da modalidade em Jaru, fez o que pode pra representar sua cidade. Ele alega que é triste pensar que, qualquer atleta que sair de Jaru hoje em dia para competir em outros lugares, terá um desempenho ruim em relação aos demais participantes pois, como ele diz, não há na cidade barras adequadas para a prática da modalidade, sendo as únicas disponíveis muito grossas, baixas e sem reparos ou espaço. Essa foi sua primeira vez em um campeonato de calistenia e, mesmo não tendo se destacado, ele diz estar contente com a experiência e almeja evoluir o quanto antes para representar sua cidade à altura em outras oportunidades. Como apelo, Haylson diz: “Enquanto o poder público não fornecer aos atletas uma estrutura minimamente apropriada, qualquer derrota sofrida pelo atleta jaruense vai representar uma derrota não só dele, mas de seu município.”
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