A diversidade de peixes nos rios de Rondônia atrai cada vez mais adeptos à pesca esportiva. Quem nunca ouviu o “tá nervoso, vai pescar”, assim as pessoas se afastam das cidades encontram no esporte a calmaria e o grande prazer do contato com a natureza. E para tornar a pescaria mais agradável são necessários alguns cuidados, é o que afirma o atleta da pesca esportiva Hugo Yamao, que tem feito sucesso na internet com vídeos de dicas sobre a modalidade.
Pescador desde os cinco anos, filho de apaixonados pelo esporte, Hugo dá dicas para quem deseja conhecer mais da modalidade. Inspirado nos grandes pioneiros da pesca esportiva no Brasil, Hugo se dedica a orientar outros pescadores sobre os malefícios da pesca predatória.
Com o desgaste do Rio Guaporé devido à pesca predatória, e o potencial turístico existente na região de Costa Marques, o objetivo do pescador é mostrar que o esporte traz grandes retornos e em agradecimento a natureza a devolução do peixe para o rio é ainda mais prazeroso.
– É uma emoção muito grande. Preservar é prazeroso e a cada peixe que devolvo, sinto que estou fazendo a minha parte. Os tipos de pesca predatória prejudicam o rio, seria interessante que o peixe de viveiro fosse para consumo, mantendo os do rio para prática da pesca esportiva e subsistência das famílias ribeirinhas.
O biólogo Flávio Terassini explica que o risco de extinção de algumas espécies de peixes nos rios de Rondônia é muito grande.
– O Rio Guaporé e Mamoré são rios preservados que fazem divisa com a Bolívia e Rondônia, e a diversidade de peixes que existem nestes rios são muito expressivas. Ao pescar de forma desordenada as pessoas acabam desequilibrando a fauna local, por exemplo: ao pescar todos os peixes como os menores, o homem interfere na fauna aquática causando um desequilíbrio. Em certos casos são pescados em época de reprodução (famosa piracema) e assim, o desequilíbrio também aumenta. Sem falar que às vezes eles jogam lixo dentro dos rios. Portanto, é necessário conscientizar os pescadores para a importância da preservação dos Rios e a pesca consciente das espécies. Pois, se continuar com a pesca predatória em menos de 30 anos não teremos a fauna de peixe local.