Países tentam mediar trégua, mas ações militares não cessam
São 197 mortes de palestinos confirmadas, incluindo 58 crianças, e mais de 1,2 mil feridos. Já em Israel, são 10 vítimas – incluindo uma criança – e 294 feridos.
Porém, as ações não atingem apenas membros do Hamas ou da Jihad Islâmica. Em um dos ataques realizados nesta domingo (16), um dos médicos mais famosos de Gaza, Ayman Abul Al-Ouf, foi morto ao lado da esposa e dos cinco filhos enquanto estava em casa – localizada a menos de 200 metros do hospital Shifa, onde ele trabalhava.
Também foi atingida a estrutura sanitária mantida pela ONG Médicos Sem Fronteiras e que atendia vítimas de queimaduras. Ninguém ficou ferido na ação, mas o centro médico foi inutilizado.
Como forma de protestar, as lideranças políticas árabes em Israel anunciaram uma greve geral para esta terça-feira (18) para protestar contra os ataques dos militares e contra o despejo de famílias no bairro de Sheikh Jarrah, que está localizado dentro do território palestino e que foi o estopim para o novo conflito.
Ações internacionais
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, cobrou o fim do conflito e disse que seu governo “fará qualquer esforço” para ajudar na volta da paz. Segundo a mídia local, al-Sisi está tentando reunir israelenses e palestinos para um cessar-fogo duradouro, mas Tel Aviv não aceita parar os ataques.
Quem também se manifestou novamente foi o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, voltou a pedir o “fim da violência e das tensões”. O chefe da Diplomacia dos Estados Unidos fez uma série de telefonemas para seus homólogos na França, Egito, Catar, Arábia Saudita e Paquistão para tentar encontrar uma “solução comum” para a guerra.
Já o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, debateu o conflito palestino-israelense com seu homólogo iraniano, Mohammad Javad Zarif, e disse que o governo “está preocupado com a violência no Oriente Médio”.
Di Maio ainda cobrou “o fim dos lançamentos dos foguetes” por parte dos grupos palestinos por ser “algo inaceitável”. “É preciso adotar medidas de redução e mostrar responsabilidade. O conflito está causando a morte de muitos inocentes e todos precisam trabalhar para retomar as negociações entre as partes”, ressaltou ainda.
Fonte: Terra.com