O Clube de Astronomia e Ciências de Rondônia (CAR) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), em colaboração com uma pesquisa internacional da Nasa, fez a descoberta de dois novos asteroides. O Clube que fez a descoberta é vinculado ao curso de Física da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), campus de Porto Velho, e coordenado pelo professor Ariel Adorno. Os dois asteroides foram encontrados pelos pesquisadores da UNIR durante uma campanha do projeto IASC (Colaboração Internacional de Pesquisa Astronômica), da Nasa, realizado com a participação de voluntários de universidades e institutos de pesquisa de todo o mundo.
Conforme explica o professor Ariel, o monitoramento de asteroides é fundamental para a segurança do nosso planeta devido à possibilidade de choque desses objetos contra a Terra. “A Nasa disponibiliza um banco de imagens espaciais e neles fazemos a análise de prováveis asteroides. No último ano, catalogamos ao menos 15 asteroides dos quais 2 estão classificados como tal. Isso coloca em evidência que, mesmo com recursos computacionais limitados, conseguimos fazer o monitoramento desses objetos e auxiliar a Nasa nesse projeto”, conclui Ariel.
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A confirmação de que os asteroides são de fato “novos”, pois ainda não haviam sido visualizados pelos telescópios de pesquisa por nenhum outro pesquisador, saiu recentemente, mas a detecção preliminar foi feita no ano passado, em 2022.
Uma “detecção preliminar” é a primeira observação original de um novo asteroide, que deve ser observado uma segunda vez de 7 a 10 dias depois. Quando isso ocorre, a detecção é alterada para o status “provisório” pelo Minor Planet Center (MPC) e as descobertas são mantidas em um banco de dados por muitos anos, até que haja um número suficiente de observações para determinar completamente sua órbita. Esse processo normalmente leva de 6 a 10 anos, quando o asteroide é numerado e catalogado pela União Astronômica Internacional, e os asteroides numerados podem ser nomeados por seus descobridores cientistas cidadãos.
Créditos: UNIR
International Astronomical Search Collaboration (IASC) – Trata-se de um programa de ciência cidadã que fornece dados astronômicos de alta qualidade para cientistas e grupos de pesquisadores em todo o mundo. Esses cientistas cidadãos são capazes de fazer descobertas astronômicas originais e participar da astronomia prática. E este serviço é fornecido sem nenhum custo e o clube de Astronomia e Ciências de Rondônia é parte deste esforço de formação e de geração de conhecimentos.
Asteroides – São pequenos corpos celestes rochosos de estrutura metálica que, assim como os planetas, orbitam em torno do sol, porém possuem uma massa muito pequena em comparação a eles. Outra teoria, conforme explicou o professor Ariel, é de que os asteroides possam ter água em seu interior: “A teoria mais aceita hoje na associação internacional de astronomia é que a água que tem na Terra veio desses objetos. Quando estão no espaço, estão no estado sólido em razão da temperatura que é próxima do zero absoluto”.
Créditos: UNIR