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Jaru, 29 de março de 2024

Após manifestação de desembargador, Singeperon diz que greve será de 100% a partir de quarta

Cerca de 70% dos agentes penitenciários do Estado de Rondônia estão em greve para pressionar o governo a encaminhar, para a Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei de realinhamento da categoria. O movimento teve início nesta terça-feira (12). Conforme o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores (Singeperon), 100% dos trabalhadores devem paralisar as atividades nessa quarta-feira (13), por tempo indeterminado.

A presidente do sindicato, Daihane Gomes, disse que o Judiciário ainda não se manifestou sobre o descumprimento de prazo do Governo do Estado, mas decidiu pela ilegalidade do movimento. “Infelizmente nós tivemos que entrar em greve e lutar. Não nos resta outra alternativa. A categoria já tinha decidido que se a greve fosse considerada ilegal, que todos os servidores se retirariam, 100%, das unidades do Estado. Hoje o sindicato orientou que fosse mantido os 30% nos presídios, mas amanhã ninguém vai para as unidades”, afirmou a presidente.

O sindicato recorreu da decisão, mas segundo Daihane Gomes ainda não foi apreciada. “A gente esperava mais da própria Justiça, mas infelizmente a gente tem que continuar lutando. Nós vamos para a Assembleia Legislativa e, se não resolver, a gente vai fechar a BR porque não tem outra opção a não ser lutar”, garantiu a sindicalista.

Os agentes penitenciários buscam que o governador Marcos Rocha encaminhe para a Assembleia Legislativa o projeto de lei que autoriza o realinhamento dos servidores. “A gente roga ao Poder Judiciário que faça cumprir o acordo para que isso acabe, essa intervenção milionária. No último remanejamento foi R$ 1 milhão, último pedido foi R$ 600 mil, em uma semana de alimentação foi R$ 2,5 mil. Se remaneja os 150 policiais que vem do interior para a Capital, recebendo diárias, já se aproxima dos R$ 3 milhões já gastos. Isso já seria o cumprimento parcial do acordo. A Assembleia Legislativa de Rondônia solicitou os dados oficiais para ser feita a acareação e não foram disponibilizados e os dados que foram disponibilizados não condizem com a realidade, pois havia servidores que não são da Sejus e nem agentes. E não terá impacto no orçamento, pois é apenas incorporar o que já recebemos normalmente, e isso foi uma proposta do Estado para categoria. Não saiu do sindicato”, finaliza Daihane.

Por email, a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) confirmou que o Projeto de Lei de realinhamento não foi encaminhado a Assembleia Legislativa do Estado, mas não esclareceu os motivos.


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