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Jaru, 23 de novembro de 2024

Após 26h, rebelião chega ao fim no presídio Urso Branco

Depois de mais de 26 horas de tumulto e destruição, chegou ao fim, às 19h40 desta segunda-feira (19), a rebelião iniciada no final da tarde do último domingo (18) no presídio Doutor José Mário Alves (Urso Branco), em Porto Velho. Os presos pediam o afastamento do diretor da instituição. Segundo informações do Major PM De Lima, responsável pela segurança externa do presídio, os presos se entregaram e serão mantidos na quadra de esportes onde costumam tomar banho de sol até o final da revista nas celas, que deve iniciar às 6h desta terça-feira (20). Ainda segundo o Major PM, seis presos pediram para ser transferidos e foram encaminhados para o presídio Urso Panda. dsc_0005 (1) Das mais de 30 mulheres mantidas reféns, apenas quatro saíram. “As demais optaram por passar a noite com seus familiares presos. Elas devem sair só após a troca de plantão, depois das 6h de amanhã (terça-feira)”, informou o PM.

Houve princípio de tumulto após notícia de possíveis mortes (Foto: Toni Francis/G1)Houve princípio de tumulto após notícia de possíveis mortes (Foto: Toni Francis/G1)

Duas mulheres deram informações sobre a condição dos presos. Uma disse que todos estavam bem e sentados na quadra. “As mulheres que ficaram estão em local separado”, afirmou. Outra mulher, que chorava de nervosismo, disse ter ouvido notícia de que dois apenados foram mortos, mas a polícia negou essa informação. Devido ao rumor sobre mortes, houve princípio de tumulto do lado de fora do presídio, quando viaturas e ambulâncias tentavam sair, mas a situação foi controlada sem violência. Familiares dos presos fizeram “apitaço” com as motos e gritaria para sinalizar aos detentos que estavam solidários aos rebelados. O Major PM De Lima, informou ainda que, durante toda ação da polícia, houveram quatro feridos. A esposa de um apenado, que disse ter amigos trabalhando no hospital de Pronto Socorro João Paulo II, afirmou que foram oito feridos. “O ferido mais grave foi machucado no olho, por tiro de bala de borracha”, afirmou o oficial. A esposa de um detento falou  que o marido dela foi baleado no maxilar. “Não era bala de borracha, tanto que o projétil ficou alojado no maxilar do meu marido”, declarou. Outra rebelião Por volta das 21h15, uma mulher comunicou a várias outras pessoas que, a zero hora desta terça-feira (20) uma rebelião iria estourar no presídio Edvan Mariano Rosendo. Segundo ela, os presos estão descontente com a alimentação. A polícia não se pronunciou sobre o caso.


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