A Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) realiza até sexta-feira (24), a “Capacitação de Identificação e Controle de Escorpiões de Interesse em Saúde”, em Porto Velho. O evento tem como público agentes de endemias dos municípios e representantes das seis regionais de saúde do Estado, que atuarão como multiplicadores dos ensinamentos. A iniciativa é uma forma do Governo de Rondônia promover a saúde, mediante um conjunto de ações voltadas ao conhecimento, detecção e prevenção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde, visando recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de doenças ou agravos.
A coordenadora Estadual de Acidentes com Animais Peçonhentos, da Gerência Técnica de Vigilância em Saúde Ambiental (GTVAM), Magna Covre, disse que além de atualizar os profissionais da saúde, as aulas têm o objetivo de tornar os profissionais multiplicadores, para otimização da rede de vigilância e controle dos acidentes com escorpiões. “Temos aulas teóricas e práticas, e durante esses dias vamos da sala de aula ao campo e laboratório, realizamos busca ativa e ações de vigilância epidemiológica e ambiental”, ressaltou.
O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório destaca que, a formação com instrução dos técnicos do Ministério da Saúde e do Governo do Estado ajuda na qualidade das notificações que são realizadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), e na investigação dos casos. “Além de evitarmos o agravamento e os possíveis óbitos resultantes do contato com bichos peçonhentos, as aulas detalham e estudam casos, de forma que o compartilhamento de informações ajuda a aprimorar o atendimento no serviço público”, pontuou.
NOTIFICAÇÃO NECESSÁRIA
O agente de endemias do município de Pimenteiras, Francisco Serrath Leite disse que, os casos com animais peçonhentos são rotineiros em sua região, inclusive é comum os moradores optarem por um soro caseiro como forma de evitar agravos. “Além de agente de endemias, sou guia de pesca e muitas pessoas vão a lugares distantes onde são picados por arraias, cobras, escorpiões, e utilizam soluções caseiras; embora a orientação que damos é de sempre procurar o atendimento médico para tratamento e notificação”, salientou.
A representante da Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do Ministério da Saúde (CGZV/DEIDT/SVS/MS), Etna de Jesus Leal afirmou que, o uso das soluções caseiras é comum entre a população, mas é importante saber que essa remediação não tem solução comprovada cientificamente, e o indivíduo precisa ir ao atendimento médico para identificação e procedimentos corretos, pois o agravamento e óbitos por bichos peçonhentos não são descartados.