Cerca de 550 alunos do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) se reuniram na manhã desta quinta-feira (29) para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 e uma Medida Provisória (MP) do Governo Federal que reforma o ensino médio em todo país. A manifestação aconteceu em Guajará-Mirim e Vilhena.
Em nota, o Ifro diz que servidores e alunos de todos os campi se mobilizarão nesta quinta-feira (29) em defesa da educação pública. O dia será marcado por ações em todas as unidades da Rede Federal de Educação Profissional de todo o país. Além da leitura da Carta de Vitória, elaborada durante a 40ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (REDITEC), ocorrida em Vitória (ES).
Vilhena
Cerca de 400 alunos e servidores protestaram na manhã desta quinta-feira (29), na Praça Nossa Senhora Aparecida, localizada em Vilhena (RO), distante 700 quilômetros de Porto Velho. O grupo caminhou com faixas e cartazes até a Praça Padre Ângelo Spadari.
“A gente precisa se mobilizar e mobilizar a sociedade vilhenense para que as pessoas possam entender do que se trata a PEC 241 e como ela afeta diretamente a nossa vida. É um movimento que partiu dos alunos”, informou o coordenador da iniciativa no município, Tiago José Dourado.
Guajará-Mirim
Os cerca de 150 estudantes da instituição protestaram por aproximadamente uma hora. Além das faixas com mensagens de repúdio, manifestantes gritaram “Não a PEC!”, por cerca de 20 minutos.
Um dos manifestantes foi o estudante do ensino médio integradode Guajará-Mirim, Gabriel Marques, de 15 anos. Segundo ele, o objetivo foi tentar chamar a atenção do poder público e da população para as reivindicações dos estudantes.
“Somos contra a PEC 241, que é uma proposta do governo que congela os recursos para educação e saúde em 20 anos, isso inviabiliza o Ifro e o andamento das atividades nessas áreas. Alunos de todo Brasil serão prejudicados e não vamos permitir, vamos lutar e protestar com essa ação. Somos o futuro do Brasil e o governo tem que nos ouvir”, declarou Gabriel.
Os professores do campus apoiaram e acompanharam os alunos durante a ação. Para a professora de sociologia, Carla Heiher, as alterações são medidas arbitrárias, que irão afetar os estudantes do Brasil inteiro. Segundo ela, a reforma do ensino médio vai alterar a carga horária de 800 para 1400 horas anuais em tempo integral, porém, a PEC estagnará os investimentos na educação.
Carta de Vitória
Dentre os assuntos que compõe o documento estão a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 que impõe um teto ao crescimento dos gastos públicos, que impacta diretamente nos recursos destinados à educação pública; a Medida Provisória 746, que reestrutura o Ensino Médio no Brasil; o Projeto de Lei 257, que retira direitos dos trabalhadores; o quadro orçamentário e financeiro de 2016 e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2017. ”