O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de Onda de Calor Perigosa que está afetando oito estados brasileiros até a próxima quinta-feira (12). Com temperaturas elevadas e baixa umidade, as regiões afetadas devem enfrentar condições adversas de calor extremo, elevando o risco de problemas de saúde e incêndios florestais. Além disso, outros 20 estados e o Distrito Federal estão em alerta para a baixa umidade relativa do ar. A situação é considerada grave, com temperaturas até 5°C acima da média e umidade chegando a níveis críticos entre 12% e 20%.
Entenda os níveis de alerta
O Inmet classifica as ondas de calor em três níveis de gravidade:
- Amarelo – Potencial Perigo: Situação que exige atenção devido ao aumento da temperatura e à baixa umidade.
- Laranja – Perigo: Condições já mais severas, com umidade entre 12% e 20% e calor intenso.
- Vermelho – Grande Perigo: O nível mais alto de alerta, quando a combinação de calor extremo e baixa umidade representa um risco significativo para a saúde e segurança da população.
A atual onda de calor atinge principalmente os estados sob alerta laranja, com a população sendo orientada a adotar medidas de precaução para evitar riscos à saúde.
Estados afetados pela onda de calor
O alerta emitido pelo Inmet prevê que, entre os dias 10 e 12 de setembro, a onda de calor perigosa atinja estados de diferentes regiões do Brasil. Entre os principais estados afetados estão:
- Rondônia
- Mato Grosso
- Mato Grosso do Sul
- Minas Gerais
- São Paulo
- Paraná
- Santa Catarina
- Rio Grande do Sul
Além desses oito estados em alerta máximo, outros 20 estados e o Distrito Federal também estão em situação de atenção devido à baixa umidade relativa do ar, que pode causar desconfortos respiratórios e agravar problemas de saúde, como asma e bronquite.
Impactos da onda de calor na saúde
A combinação de temperaturas elevadas e baixa umidade representa um risco significativo para a saúde da população. Entre os principais problemas que podem surgir estão:
1. Desidratação
Com o aumento das temperaturas, o corpo perde mais água através do suor, o que pode levar à desidratação se não houver reposição adequada de líquidos. Para evitar esse problema, é essencial beber muita água ao longo do dia e evitar bebidas alcoólicas ou com cafeína, que podem piorar o quadro.
2. Golpe de calor
O golpe de calor é uma condição perigosa que ocorre quando o corpo não consegue controlar sua temperatura interna, resultando em febre, tonturas, fraqueza e, em casos graves, desmaios e até convulsões. As pessoas mais vulneráveis são idosos, crianças e aqueles com problemas de saúde pré-existentes.
3. Problemas respiratórios
A baixa umidade do ar resseca as vias respiratórias, o que pode causar irritações, alergias e piorar condições como asma e bronquite. Quem já sofre com problemas respiratórios deve ficar atento e, se necessário, buscar locais mais úmidos ou utilizar aparelhos de umidificadores de ar.
4. Queimaduras solares
A exposição prolongada ao sol, especialmente durante os horários mais quentes do dia, pode causar queimaduras solares e aumentar o risco de câncer de pele. Por isso, é importante usar protetor solar, chapéus e roupas leves que protejam a pele.
O que fazer para se proteger durante uma onda de calor?
Em situações de calor extremo e baixa umidade, como a que está afetando o Brasil neste momento, é fundamental adotar algumas medidas para reduzir o impacto na saúde:
Dicas para enfrentar o calor extremo
Hidratação constante
Manter-se hidratado é a principal forma de se proteger contra os efeitos da onda de calor. O recomendado é beber no mínimo dois litros de água por dia, mesmo que você não sinta sede.
Evite exposição ao sol nas horas mais quentes
Entre 10h e 16h, o sol está mais forte, e a exposição durante esse período pode aumentar o risco de desidratação e queimaduras. Se precisar sair, use chapéus, roupas claras e protetor solar.
Ambientes frescos e ventilados
Ficar em locais frescos e ventilados pode ajudar a regular a temperatura corporal. Se possível, use ventiladores ou ar-condicionado. Em ambientes fechados, mantenha as janelas abertas para permitir a circulação de ar.
Alimentação leve
Durante períodos de calor extremo, prefira alimentos leves e de fácil digestão, como frutas, legumes e verduras. Evite comidas pesadas, que podem sobrecarregar o organismo.
Baixa umidade e seus perigos
Além das temperaturas elevadas, a baixa umidade relativa do ar traz uma série de preocupações. O Inmet alerta que a umidade pode ficar entre 12% e 20%, um nível considerado perigoso pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse cenário aumenta o risco de:
- Ressecamento da pele
- Sangramentos nasais
- Problemas respiratórios
- Aumento da poluição do ar (o que agrava as condições para pessoas com asma, bronquite e outras doenças crônicas)
Além disso, a combinação de baixa umidade com o calor extremo eleva o risco de incêndios florestais, especialmente em áreas mais secas, como o Cerrado e a Amazônia. Autoridades recomendam evitar o uso de fogo para limpar terrenos e redobrar a atenção em áreas de preservação ambiental.
Conclusão
Com a onda de calor perigosa se espalhando por várias regiões do Brasil, é fundamental que a população siga as recomendações de saúde e segurança para minimizar os impactos do clima extremo. Manter-se hidratado, evitar a exposição ao sol e buscar ambientes ventilados são medidas simples, mas eficazes, para enfrentar o calor intenso.