Diferentes do que todos esperavam, a liberação dos restos mortais do caminhoneiro jaruense Atyla Flegler de 33 anos, que morreu em um acidente no Mato Grosso nesta terça-feira(14), pode demorar mais de um mês.
Muito embora sua esposa tenha informações que aponte para ser liberado em até 30 dias, a espera para realização do velório e sepultamento pode ser ainda mais angustiosa, pois o corpo só poderá ser liberado, após ser legalmente identificado com emissão do laudo que carece de exame de DNA.
Tais procedimentos podem ser demorados dependendo das condições do corpo. O DNA padrão com retirada de fragmento do músculo, sangue ou cabelo, é considerado rápido, porém extrair DNA de fragmento de osso, que é o caso em questão, costuma ser bem demorado.
Em 2016 um caso similar levou 63 dias, um caminhoneiro paranaense morreu em um acidente entre Sorriso e Lucas do Rio Verde/MT, seu corpo também foi carbonizado, o IML obteve a identificação ao traçar e comparar o perfil genético do material biológico da vítima com os perfis de familiares. Neste caso a família e amigos também possuíam convicção que se tratava do familiar, porém tiveram que passar pela angustia da espera.
Amostras de Atyla Flegler foram enviadas ao Instituto Médico Legal (IML), e já foi dado início aos procedimentos.
A coleta do DNA de familiar é feita por meio de cavidade oral com uma pequena buchinha, que é passada no interior da boca do familiar. A corporação também orienta que parentes tragam algum material de uso pessoal da vítima como escova de dente, escova de cabelo e radiografias, principalmente da arcada dentária e do corpo que possam auxiliar na comparação com as radiografias dos corpos feitas no IML.