A taxa de desocupação em Rondônia aumentou 34,8% no último trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse cenário, o setor agropecuário foi o que mais garantiu pessoas ocupadas.
Segundo a pesquisa, trabalhavam em áreas relacionadas à agropecuária 172 mil pessoas em 2020, o que corresponde a 23% da população empregada em Rondônia.
Na sequência, o setor que mais ocupou foi o do comércio, com 137 mil empregados (18,4% do total), logo a frente da administração pública, com 129 mil trabalhadores (17,3% do total).
Desocupação
Nos últimos três meses de 2019, o estado tinha 70 mil pessoas sem emprego ou ocupação. No ano seguinte esse número passou para 95 mil.
A taxa que em Rondônia era de 8% nos últimos três meses de 2019 passou para 11,3% em 2020. Esta é a segunda maior taxa registrada desde 2012, quando a PNAD Contínua começou a ser realizada.
Ainda de acordo com a pesquisa, a maior diminuição no número de ocupados foi entre os empregados do setor privado com carteira assinada. Entre os anos de 2019 e 2020 o número passou de 228 mil para 198 mil. Já no setor público essa redução foi de 17 mil pessoas.
Informalidade
Nos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado, 48,3% trabalhadores estavam na informalidade. Os que trabalham por conta própria sem CNPJ e os trabalhadores domésticos que não têm carteira assinada foram os que apresentaram os maiores índices: 86,9% e 84,4% respectivamente.
Desalentados
Na comparação entre esses dois anos, o número de pessoas que desistiram de procurar emprego, os chamados desalentados, também subiu. Em 2019 eram 21 mil pessoas nessa situação, passando para 36 mil no ano seguinte.
Em todo o Brasil o aumento no número de desalentados foi de 25,3%, chegando a 5,7 milhões de pessoas.