O caso de feminicídio foi julgado pelo Tribunal do Júri, que começou durante a manhã e seguiu até por volta de 15h.
Durante todo o dia no Fórum de Ariquemes, Wesley Batista Carvalho foi julgado por homicídio qualificado praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino, por motivo fútil, e emprego de meio cruel, mediante recurso que tornou impossível a defesa da vida.
No entendimento do júri popular, Wesley é culpado pelo assassinato da esposa Vitória Beatriz, de 23 anos de idade.
Vitória foi morta com 20 golpes de facadas no pescoço — Foto: Reprodução/Redes Sociais
A sentença que condenou Wesley a 40 anos de prisão, no regime fechado, foi lida pela juíza Larissa Pinho.
Ligação e confissão
No dia em que foi preso pelo feminicídio, em 27 de fevereiro, o próprio acusado ligou na polícia e confessou sobre o assassinato de Vitória.
A vítima foi encontrada ainda com a faca cravada no pescoço. O laudo do Instituto Médico Legal identificou que a vítima foi golpeada 20 vezes no pescoço.
Ainda conforme apontou a investigação, os golpes contra a esposa Vitória foram de extrema violência. À Rede Amazônica, após o resultado do julgamento, a promotora de Justiça diz ter cumprido seu dever no Tribunal do Júri de Ariquemes.
“Todas as qualificadoras foram aceitas pelo corpo de jurados. Não teremos a vitória de volta, aqui, mas saio com a sensação de dever cumprido e o Ministério Público está sempre à disposição dos familiares da vítima”, disse a promotora Teresa de Freitas Maia Cotta.
Vitória Beatriz deixou três filhos pequenos, que hoje são acompanhados por assistentes e psicólogos.
Segundo a defesa de Wesley, a pena estabelecida a seu cliente foi ‘exasperada’ e acima do esperado. “Com certeza vamos fazer os recursos inerentes”, ressaltou o advogado Márcio Gomes.
G1