Após a confirmação pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS-Nacional) de duas mortes por febre oropouche no estado da Bahia, o governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa/RO) e Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/RO), está orientando os núcleos hospitalares de epidemiologia, disciplinando o fluxo e cuidados necessários ao encaminhamento de amostras para diagnóstico laboratorial de casos suspeitos de dengue, chikungunya, zika, oropouche e mayaro.
A doença produz um quadro semelhante ao da dengue e chikungunya. De acordo com a chefe do Núcleo das Arboviroses da Agevisa/RO, Suzemar Ferreira Moreira, “é fundamental a adoção de uma postura de atenção maior a essas pessoas que apresentam sinais e sintomas sugestivos a arboviroses, evitando o agravamento da doença”, frisou.
O diretor-geral da Agevisa/RO, Gilvander Gregório de Lima ressaltou que, a necessidade da correta manipulação das amostras de sangue, que serão enviadas ao Lacen/RO é fundamental. “Para isso, é importante reforçar a colaboração com as autoridades de saúde locais para investigar, prontamente, qualquer indício de ocorrência da doença.”
SINTOMAS
Na manifestação da doença, o início é súbito, geralmente com febre, dor de cabeça, artralgia e mialgia (dor nas articulações e nos músculos), calafrios e, às vezes, náuseas e vômitos persistentes por até 5 a 7 dias. O período de incubação da doença é de aproximadamente 4 a 8 dias. O tempo oportuno da coleta de sangue é até o 5º dia do início dos sintomas e segue o protocolo de diagnóstico das arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
No ciclo urbano, o homem é o hospedeiro principal, com o vetor primário sendo o Culicoides paraensis (maruim ou mosquito-pólvora). Entre as características da febre, destaca-se o elevado potencial de transmissão e disseminação, com capacidade de causar surtos e epidemias em áreas urbanas. Por sua semelhança clínica com outras arboviroses, o tratamento a ser seguido é o protocolo de Manejo Clínico da dengue, preconizado pelo Ministério da Saúde, uma vez que, não há vacina e tratamento específicos disponíveis até o momento.