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Jaru, 19 de abril de 2024

A luta de Wyllis pela implantação de um Estado de imposição

 
Antes de tecer qualquer comentário, quero adverti-los que sou contra qualquer tipo de preconceito e especialmente a homofobia, defendo a união das pessoas, a prática sincera do amor e o livre direito de expressão.

Com todo respeito pelo curriculum e conquistas de bravo lutador pelas causas ao qual o elegeu duas vezes deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, ainda assim, digo que Jean Wyllis (PSOL), quando se sente ameaçado, parte para o ataque em qualquer lugar, alguns desses rugidos costumam extrapolar o razoável, e isto ficou evidente em sua última investida contra o prefeito do município de Ariquemes, interior de Rondônia.

Bastou o prefeito Thiago Flores (PMDB) anunciar que iria suprimir as páginas que contém temas sobre formações de famílias, que o deputado imediatamente partiu para o ataque, a princípio de forma eloquente, citando até a inquisição, depois, provavelmente por ter conseguido chamar a atenção de vários órgãos a seu favor, baixou a bola e procurou tratar o tema mais tecnicamente.

A questão é: O prefeito Thiago é advogado e por mais de uma década foi delegado da polícia civil em Rondônia, não é nenhum inocente, quando disse “suprimir”, não deixou claro quanto a forma, porém, alguns veículos de comunicação, para sensacionalizar, substituíram o termo por “arrancar” e onde se dizia “ideologia de gênero”, utilizaram a palavra “gay”, daí o estopim da confusão. Lembrando que a decisão foi tomada de forma democrática, após consulta popular através de enquete na página oficial da prefeitura e também ter ouvido a câmera de vereadores e sindicato dos professores.

Essa discussão não é de agora, em 2014 o congresso retirou do Plano Nacional de Educação (PNE), o ensino proposto pelo MEC do tema “ideologia de gênero” para crianças a parti de 4 anos de idade, porém, congressistas, especialmente do PT, PC do B e PSOL, liderados por Wyllis, conseguiram manter o controverso conceito de gêneros na educação básica como: identidade de gênero, no sentido de construção social, ficado a cargo das Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais discutirem se aceitam ou não o tema em suas jurisdições.

Ano passado a Assembleia Legislativa de Rondônia aboliu o tema das escolas estaduais, a mesma coisa fez a câmara de vereadores de Ariquemes, porém, como os livros já haviam sido enviados pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura), antes da decisão, o então prefeito Lorival Amorim (PDT), resolveu recolher todos os livros e o ano letivo foi concluído sem a distribuição deste material didático. Provavelmente o deputado Wyllis não ficou sabendo, pois não se manifestou.

Isto fica evidente que o nobre deputado se meteu onde não foi chamado, aliás, já tratou disso no Congresso Nacional, no entanto, agora o assunto é doméstico, como bem disse o prefeito: “não sei se respondo o deputado Wyllis ou vou lavar louça… vou lavar louça”, porém, por outro lado, é fácil compreende-lo… se a vitória não foi completa em Brasília, a briga passou a ser nos municípios, só lembrando ao deputado que são mais de 5.000, então, tem que ter muita saliva e tempo, também entendemos que, quer ter uma vitória em Ariquemes para servir de exemplo aos demais municípios. Uma coisa ele já conseguiu, deixar o “galã” de Ariquemes mais famoso no Brasil.

O perigo deste conteúdo não esta explícito, pois, com um olhar superficial não se observa nada demais, porém, o tema foi colocado de forma subliminar, como forma de driblar a decisão do Congresso Nacional, a questão é: quem convive com crianças na faixa etária dos 6 aos 10 anos, sabe muito bem o nível de curiosidade destes “serumaninhos”, e outra coisa a se levar em consideração é quanto a quem vai aplicar este conteúdo em sala de aula, ficando os questionamentos: essa pessoa esta preparada? Qual a ideologia defendida por este profissional? Sim, porque quem esta em sala de aula, naturalmente tende a explicar conforme sua opinião e ponto de visto sobre qualquer tema.

Aí, é importante observar o que os pais estão comentando nas redes sociais diante de toda essa polêmica. Em muitos grupos e redes há todo tido de comentários, prós e contras, porém, observei ampla maioria a favor do prefeito Thiago Flores. Filtrando tudo, podemos concluir que: Esse tema não é responsabilidade da escola, assim como gerações após gerações nunca foi, os pais estão dispostos a ensinar sobre as diferenças de seu modo, assim como há uma enorme diversidade de religiões, também há muitas formas de ensinar, respeitando a cultura individual de cada família.

Não é nenhum segredo que o deputado Wyllis é defensor ferrenho da comunidade LGBT, parabenizo-o pelas conquistas em prol deste grupo, porém, o assunto aqui é outro, não tem nada haver com esta comunidade, ao qual, respeito muito. A preocupação dos pais é em relação a formação intelectual de seus filhos ou pupilos, são descobertas que eles tende a absolverem naturalmente e no tempo certo, na convivência do seio familiar, os ensinamentos esperados na escola são: matemática, línguas, geografia, história, artes, etc. A própria convivência com os colegas já é parte da aprendizagem a conviver com as diferenças, sem ser tema discutido em sala, afinal foi assim que nós aprendemos e a constituição determina que a educação deve ser compartilhada, até parece que querem transferir toda responsabilidade para a escola.

Estudiosos garantem que a cultura de um povo se muda através da educação, e claro que o deputado Jean sabe disso, daí a preocupação em incluir este tema, a todo custo, em livros didáticos para crianças tão imaturas, é uma forma democrática de impor seus ideais, a dúvida é: quais as consequências disso para as futuras gerações. Preocupante também é a adesão de muitas autoridade, especialmente jurídicas, das instituições, baseando-se em leis que não deixa interpretação clara, com exceção das autoridades que além do conhecer jurídico tem também conhecimento teológico e principalmente temor a Deus, quem conhece sabe que é impossível a dissociação.

Pra finalizar deixo o pensamento de Saramago: “Estamos a destruir o planeta e o egoísmo de cada geração não se preocupa em perguntar como é que vão viver os que virão depois. A única coisa que importa é o triunfo do agora. É a isto que eu chamo a «cegueira da razão».”

A LUTA DE WYLLIS PELA IMPLANTAÇÃO DE UM ESTADO DE IMPOSIÇÃO

Ítalo Coelho é jornalista, radialista, bacharel em administração e professor universitário.
Imagem: Google/Internet

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