Nascido em São Paulo, o brasileiro tem uma doença autoimune, que o impediu de desenvolver anticorpos contra a Covid-19, mesmo depois de ter tomado cinco doses da vacina.
— Eu peguei (Covid) aqui em Jerusalém. Eu me cuido muito, não sei como peguei. No sábado, fiquei com febre alta e dor de garganta — disse ele em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira.
Com o diagnóstico positivo para doença, Neumark relatou que ofereceram a ele o tratamento por meio da pílula.
— Chamaram-me e falaram que eu seria o primeiro, não tem muito teste, mas sim uma autorização de emergência. Para mim, compensava dado o que eu tava sentindo. Era febre muito alta, uma dor de garganta muito forte. Eu tinha medo de ter que acabar no hospital, como a maior parte dos casos que não está vacinado — disse Neumark.
Ao todo, são seis comprimidos por dia, sendo três no período da manhã e três de tarde. De acordo com o economista, os sintomas da Covid desapareceram depois de 15 horas da ingestão do medicamento.
— No meu caso clínico, em questão de 15 horas houve uma melhora muito grande. Eu estava com febre de 39.5ºC, que parou; uma dor de garganta forte, que parou, e as enxaquecas pararam. Eu sinto um cansaço, como se fosse uma (recuperação) pós-gripe — afirmou o brasileiro.
Paxlovid é um remédio antiviral desenvolvido pela farmacêutica Pfizer. Em caráter experimental, o medicamento atua como inibidor de uma enzima que o coronavírus precisa para se reproduzir.
Texto: Exame
Foto: Folha Uol