Em depoimento, uma amiga da vítima relatou que Joice “morreu lutando para viver” e completou dizendo que a jovem construiu uma linda família, que a amava muito e que será cuidada por parentes e amigos.
“Quem a conheceu sabe o quanto ela era alegre, onde chegava mudava totalmente o ambiente, amava a família mais que tudo, estava sempre fazendo as pessoas rirem, ela era forte e sempre correu atrás do que queria, sempre disposta a ajudar”, conta.
Outros conhecidos da jovem também publicaram mensagens de indignação pela morte trágica da vítima. Se referindo à Joice como “minha baixinha”, uma colega deixou sua mensagem de saudade. “Não estou conseguindo acreditar que você se foi Joice Maria, vai deixar saudades. Descansa em paz minha baixinha, eternamente no meu coração. Que maldade, dói muito”. “Basta tudo que nós mulheres estamos passando, quanta falta de respeito, quantos assédios, quantas mortes, quantos ataques”, pontuou outra.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Joice aparece cantando em uma igreja evangélica que frequentava. Em diversos posts em seu perfil do Facebook feitos por ela mesma, é possível ver o carinho que a jovem também tinha por seus familiares e amigos. “Hoje meus parabéns vai para meu paidrasto que é um cara incrível que chegou nas nossas vida para somar e nos fortalecer”, escreveu a vítima em abril.
O caso
Joice desapareceu no dia 27 de setembro. Estudante, ela morava no bairro Quarentenário, na Área Continental da cidade, com o esposo e duas filhas. Ela saiu para visitar o avô, que mora no bairro Parque Bitaru, na Área Insular, durante a tarde do dia do desaparecimento. Ela ficou no local até por volta das 19h, quando saiu. Desde então, ninguém conseguiu localizar a jovem.
A jovem foi localizada pela Polícia Civil na parede de um imóvel em construção na Rua Senador Lúcio Bittencourt, no bairro Esplanada dos Barreiros, após um pedreiro, de 56 anos que não foi identificado, admitir nesta terça-feira que a matou estrangulada com uma camiseta depois de ter mantido relações sexuais com a vítima. O homem ainda informou a participação de um segundo suspeito, de 35 anos. Os dois foram presos por homicídio e ocultação de cadáver.
No local onde Joice foi assassinada, os agentes encontraram pinos plásticos vazios, geralmente utilizados para acondicionar cocaína, além de uma sacola com calcinhas na parte superior da construção, que foi apreendida.