Adriele da Silva Munis — Foto: Reprodução/ Facebook
O policial militar Edvaldo Júnior Rodrigues Marques de Souza, do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), foi preso nesta quinta-feira (30) suspeito de ter assassinado Adriele da Silva Munis, de 25 anos, durante uma briga de trânsito, em 2016, em Cuiabá.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (1º) pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). A Polícia Militar de Mato Grosso não se pronunciou sobre a prisão do policial.
Em nota, a Corregedoria Geral da Polícia Militar informou que o policial já se encontra preso preventivamente em uma das unidades da PM. O policial está respondendo um processo administrativo disciplinar pela instituição.
O g1 tenta localizar o advogado do militar.
O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT) decretou a prisão do policial. O militar foi denunciado à Justiça pelo homicídio contra a jovem e também por tentativa de homicídio contra outras três pessoas que estavam no mesmo carro.
A situação ocorreu na madrugada do dia 18 de dezembro de 2016, próximo à Praça Ipiranga, no Centro de Cuiabá.
De acordo com a denúncia, os crimes foram cometidos por motivo fútil, além de oferecer perigo a outras pessoas já que os tiros foram feitos em via pública.
Adriele Silva Muniz morreu depois de levar um tiro, após uma briga no trânsito. — Foto: Arquivo pessoal
O inquérito foi concluído recentemente e a denúncia oferecida no dia 12 de abril.
O crime
Adriele foi atingida por um tiro nas costas, que perfurou o pulmão e o coração, quando estava em um carro com seu namorado e mais duas pessoas voltando de uma festa no bairro Duque de Caxias.
Indícios e análise de câmeras, além de depoimentos coletados, apontaram que o veículo em que estava Adriele trafegava na Avenida Isaac Póvoas e no cruzamento com a Avenida Presidente Marques, houve a colisão entre os dois carros e uma discussão entre os ocupantes dos dois veículos e a partir desse ponto inicia-se a perseguição.
Os dois veículos passaram pelo cruzamento com a Rua Barão de Melgaço, ao lado da Praça Rachid Jaudy, quando então ocorreram os três tiros vindos do carro do policial, que atingem o Palio na parte traseira e Adriele é baleada nas costas.
O motorista fez três disparos contra o carro em que a vítima estava, antes de chegar ao cruzamento entre as duas vias.
Um dos disparos atingiu Adriele, que caiu no colo do namorado. O motorista correu em busca de socorro na Santa Casa, que não estava aberta e em seguida buscou o Pronto-Socorro de Cuiabá, onde a vítima morreu minutos depois de dar entrada na unidade.
A mãe da jovem Adriele da Silva Munis, de 25 anos, diz que vive uma angústia — Foto: TVCA/Reprodução
Mãe
Em entrevista ao g1 há alguns meses, a mãe de Adriele havia declarado que estava aliviada após a Polícia Civil concluir o inquérito e indiciar o suspeito do homicídio. Gonçalina da Silva conta que ainda espera justiça.
“Ela saiu apenas para comemorar, porque tinha terminado a faculdade, depois de quatro anos de luta. Minha filha era minha amiga, minha conselheira. Não tem um dia que eu acordo e que não tenha a minha Adriele na minha mente”, afirma.