Aproximadamente 21 anos depois do crime, Nilson Rodrigues da Silva foi condenado por matar o cunhado, Nelson Soares Cardozo, com uma peixeira, arrastar o corpo até um um barraco localizado em Vilhena (RO) e abandoná-lo.
O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) ofereceu denúncia contra o réu por homicídio e ocultação de cadáver. O julgamento foi adiado por mais de duas décadas, pois o suspeito estava foragido. Ele só foi preso em dezembro de 2020.
O homem deve cumprir mais de sete anos de prisão em regime inicialmente fechado, por homicídio. Ele não foi punido por ocultação de cadáver já que o crime prescreveu.
Da decisão cabe recurso, mas a Justiça não permitiu que Nilson aguarde esse recurso em liberdade.
21 anos antes…
De acordo com o processo, o crime foi premeditado pelo réu, por motivo torpe. Tudo teria começado por conta de uma confusão em família: a vítima estava bêbada e teria perturbado a irmã, que é esposa de Nilson.
Por este motivo, o réu premeditou o crime e, na noite do dia 16 de julho de 2000, deu duas facadas no peito do cunhado com uma peixeira. Nelson ainda tentou fugir, mas foi perseguido e atacado com vários outros golpes.
Quando percebeu que o cunhado estava morto, Nilson arrastou o corpo e escondeu em um barraco abandonado próximo do local onde cometeu o crime.
Na sentença, a juíza Liliane Pegoraro Bilharva ressalta a gravidade dos meios utilizados no crime, além das consequências causadas para a família de forma trágica e traumática.
“O réu com o seu ato deixou duas crianças órfãs, as privou do convívio com pai, dele poder vê-las crescerem, constituir família e não há qualquer ato que possa o acusado fazer para amenizar tal situação”, aponta.