Faleceu na noite deste domingo (11), às 19 horas, a pioneira jaruense Dalvina Célia, aos 70 anos. Ela lutava contra um câncer que foi diagnosticado em 2017.
Na última segunda-feira (05), Dalvina passou por uma cirurgia no Hospital Prontocordis, em Porto Velho-RO, para tentar conter o avanço da doença. Logo após, seu quadro clínico se complicou e ela foi encaminhada para a UTI da unidade, pois perdeu muito sangue. Já na sexta-feira (09) precisou ser intubada e desde então vinha lutando pela vida. Na noite deste domingo, já debilitada, não resistiu e foi a óbito.
VIDA
Dalvina nasceu no dia 21 de outubro de 1950, em Pip-nuk, no interior de Nova Venécia. Ela era filha de Salvador Sélia e Marcelina Bonomo, e teve mais doze irmãos: Luciano (Lulu); Moacyr (Sissi); Lúcio, Atanagildo, Leir, Ermenegildo (Gidin); Rafael; Maria; Alcides (Boboco); Roque (Bem-te-vi); Salvador (Dodô) e Neuza.
Ela foi casada com Valetin Rigato e o casal veneciano foi um dos pioneiros de Jaru, ainda no início dos anos 1970. Na época, Rondônia ainda era um território federal e só foi virar Estado já no ano de 1981. Lá, construíram uma empresa no ramo de ferramentas, máquinas, motores e implementos agrícolas e os negócios foram muito bem sucedidos, já que o novo Estado estava se desenvolvendo a passos largos, principalmente na agricultura, pecuária, extração de madeira e nos garimpos de ouro, e a empresa cresceu muito e se tornou referência em toda a região.
Atualmente, Dalvina era aposentada e vivia de rendimentos de aluguéis, de vários imóveis residenciais e comerciais que foram adquiridos durante a vida.
FÉ E FAMÍLIA
Católica, Dalvina sempre foi uma mulher muito religiosa, hábito herdado da ‘Nona’, sua mãe Marcelina. No seio de sua família e de amigos todos reconhecem o tanto que ela já ajudou muitas pessoas.
Tinha na fé um dos seus maiores alicerces e não media esforços para amparar a quem mais precisasse. E também foi na fé que buscou forças para superar um dos momentos mais difíceis de sua vida, quando o filho Alessandro (Keno), de 39 anos, foi assassinado a tiros em 16 de abril de 2016.
Dalvina criou sobrinhas, sobrinhos e agregados. Em sua casa e em seu coração, sempre cabia mais um.
Desde a década de 1970, ela e a família sempre vinham visitar Nova Venécia praticamente todos os anos, para rever os familiares, pois os vínculos sempre foram muito fortes.
Dalvina deixa três filhos, Ronny Peterson, Katiuscia e Christine e sete netos.
VELÓRIO E SEPULTAMENTO
O velório vai acontecer na manhã desta segunda-feira (12) no Salão Catequético da Comunidade São João Batista, em Jaru. O corpo de Dalvina será sepultado no cemitério local, às 10 horas.
DEPOIMENTOS
“Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos, que tínhamos uma grande estima por ela. Infelizmente nós, de longe, só podíamos acompanhar com oração. Deus na sua infinita misericórdia sabia que estava na hora de dar o descanso pra ela. E a nós o conforto de que um dia estaremos todos reunidos em uma só festa, na presença de Deus. É o que todos nós cristãos e irmãos em Cristo acreditamos”, disse a sobrinha Diva Célia.
“Descansou, estava sofrendo. Hoje eu tive a graça de rezar o terço da misericórdia segurando a mão dela e cantei vários cânticos antigos da igreja. Descanse em paz, tia, nas graças de Deus!”, escreveu a sobrinha Eliane (Lili).