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Jaru, 29 de outubro de 2024

Operação afasta secretário de saúde e procurador por tentarem desviar R$ 37 milhões do combate à pandemia em Ji-Paraná

A Polícia Civil do Estado de Rondônia esclarece que na manhã desta segunda-feira (07), deflagrou a OPERAÇÃO COLAPSO, através da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, de Cacoal (2ªDRACO), com apoio do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE/RO).

A operação visa desarticular sofisticada organização criminosa em funcionamento em quatro estados da federação (Rondônia, Mato Grosso Paraná e Santa Catarina), criada para desviar recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia de COVID-19.

A investigação revelou que o grupo criminoso tentou desviar a quantia de e R$ 37.656.000,00 (trinta e sete milhões, seiscentos e cinquenta e seis mil reais), mediante a contratação fraudulenta de empresa destinada a gestão hospitalar do Hospital Municipal de Ji-Paraná/RO. O contrato, que chegou ser assinado, previa a manutenção e ampliação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva e de Centros de Tratamento Intensivos.

Os alvos da operação Colapso são:

  • Ivo da Silva, secretário municipal de Saúde
  • Ricardo Marcelino Braga, Procurador-Geral do município
  • Claudinei Henrique de Oliveira, Presidente da Comissão de Processo de Licitação

“O processo em destaque tem como objeto Contratação de Empresa Especializada em Serviços de Gerenciamento Pleno de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), voltada ao atendimento de pacientes acometidos pela Covid, em caráter emergencial, na forma de Dispensa de Licitação, incluindo recursos humanos, materiais, medicamentos e equipamentos necessários para atendimento na UTI – COVID do Hospital Municipal Dr. Claudionor Couto Roriz, para suprir as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde”, diz o contrato.

Foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de afastamento cautelar das funções públicas do Procurador-Geral do Município, presidente da Comissão Permanente de Licitações e do Secretário Municipal de Saúde.

A ação ocorreu simultaneamente em Rondônia, Mato Grosso, Santa Catarina e Paraná contando ainda com o apoio do GAECO (MPE/MT), Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (PC/SC) e Polícia civil do Estado do Paraná.

Crise de leitos

No fim do ano passado, o município de Ji-Paraná viveu uma crise na saúde pública, com falta de leitos de UTI para pacientes.

O contrato fraudado teria sido assinado no começo deste ano, segundo investigação da polícia.

Fonte: comando190.com e informações g1.com


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