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Jaru, 25 de novembro de 2024

Pior ataque terrorista da história da França deixa mais de 110 mortos

França declarará estado de emergência após ataques

O presidente da França François Hollande disse nesta sexta-feira (13) que o país vai declarar estado de emergência após os ataques em Paris. Ele afirmou que as ações terroristas desta noite são “sem precedentes”.

Explosões ocorreram próximo ao Stade de France enquanto era disputada partida entre as seleções da França e Alemanha. Além disso, tiroteios simultâneos deixaram dezenas de mortos e de feridos em outros pontos da cidade, segundo a polícia parisiense.

Hollande foi retirado do Stade de France. Pouco tempo depois, às 20h50, fez uma declaração em cadeia nacional de televisão. Ele cancelou sua participação na reunião do G20, no sábado, na Turquia.

“Podem ser feitas buscas em todo o território. Vamos fechar as fronteiras para ter segurança de que ninguém irá entrar para cometer qualquer ato contra a França. E também para aqueles que cometeram esses atos possam ser presos caso tentem fugir”, afirmou Hollande. Mais tarde, o governo esclareceu que as fronteiras terão o controle intensificado, incluindo os serviços aduaneiros, mas não sofrerão fechamento irrestrito.

Hollande afirmou que vai se reunir ainda nesta noite com seu conselho de ministros e que tomou duas decisões. “O estado de emergência será decretado, e a circulação poderá ser interditada”, disse ele.

“Vamos mobilizar toda a força possível para neutralizar a atuação dos terroristas e garantir a segurança”, disse o presidente francês.

A prioridade das autoridades, segundo Hollande, será “mobilizar toda a força possível para neutralizar os terroristas e a segurança de todos os bairros que estão afetados”.

Existe efetivamente algo a que temer, mas, frente ao pavor há uma nação que sabe se defender e que mais uma vez vai vencer os terroristas”
François Hollande,
presidente da França

“Face ao terror, a França deve ser forte e deve ser grande”, afirmou Hollande.

“Os terroristas querem nos deixar com medo. (…) Existe efetivamente algo a que temer, mas, frente ao pavor há uma nação que sabe se defender e que mais uma vez vai vencer os terroristas”, disse.

O vice-prefeito de Paris, Patrick Klugman, afirmou, em entrevista à CNN, que a cifra de mortos nos ataques em Paris deve “ser muito maior” do que os números confirmados até agora.

“Sabemos que o ataque da polícia acabou no Bataclan. Não temos no momento a lista de quantas pessoas morreram e quantas foram feitas reféns. (…) Não temos informação de quem estava dentro, quantas pessoas escaparam. Então, é muita confusão, e muita tristeza hoje.”

“Todos os lugares que as pessoas podiam ir numa sexta-feira à noite foram mirados. É como se tivessem planejado atingir pessoas onde elas vão em uma sexta-feira à noite.”

Krugman afirmou que houve “entre seis e sete locais de ataques no centro de Paris e fora.

“Não sabemos nem se isso acabou. Pode começar de novo amanhã, então há um nível muito alto de precaução e atenção. Peço que fiquem em casa, ou cancelem qualquer atividade que não seja estritamente obrigatória. Veremos amanhã como será.”

“Estamos muito além dos números de mortos em janeiro. Agora estamos enfrentando realmente um inimigo desconhecido em Paris. Em janeiro já sabíamos que entrávamos em uma era de ataques, mas agora estamos experimentando algo que nunca foi feito.”

Reação internacional
O presidente americano Barack Obama fez um pronunciamento em que disse que a situação é “ultrajante” e que os EUA farão o que for possível para ajudar a França. “Faremos o que for necessário pra trabalhar com os franceses e as nações ao redor do mundo para buscar justiça”, disse.

“Não quero especular no momento quem é o responsável até que sejamos informados pelas autoridades francesas que a situação está sob controle”. Obama disse ainda que o que aconteceu foi “um ataque contra toda a humanidade”.

“Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados”, afirmou Obama, dizendo que os EUA estão prontos para ajudar a França a “responder” ao ocorrido.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, escreveu em seu Twitter uma mensagem em que diz: “Estou chocado pelos eventos em Paris nesta noite. Nossos pensamentos e orações estão com os franceses. Faremos o que for possível para ajudar”.

Segundo a Reuters, oficiais de segurança dos Estados Unidos acreditam que os ataques de Paris sejam coordenados. Já o vice-prefeito de Paris afirmou que ainda é cedo para saber se os ataques foram coordenados, mas que isso não pode ser descartado.

 


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