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Jaru, 22 de novembro de 2024

Foragido é socorrido após colisão de carros, mas vai embora do hospital sem receber voz de prisão

Um foragido da Justiça “desapareceu” do Hospital João Paulo II após receber atendimento médico no último fim de semana em Porto Velho.

Segundo boletim de ocorrência que a reportagem teve acesso, Uadra Castelhane, foragido da justiça, conduzia uma Range Rover pela avenida Jorge Teixeira quando colidiu com um carro, após furar o sinal vermelho no cruzamento da avenida Calama.

Com o impacto, a Range Rover de Uadra chegou a capotar. Uma foto feita por testemunhas no local mostra o momento que Uadra fica sentado no asfalto esperando por atendimento médico.

Foragido da justiça se envolve em acidente de trânsito e "foge" hospital em Rondônia — Foto: WhatsApp / reprodução

Foragido da justiça se envolve em acidente de trânsito e “foge” hospital em Rondônia — Foto: WhatsApp / reprodução

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foi chamada no local do acidente (para controlar o trânsito e atender o acidente).

Minutos depois, Uadra foi socorrido pela equipe do Samu e encaminhado ao Hospital João Paulo II, mas, após os primeiros atendimento no hospital, ele foi embora da unidade (sem receber voz de prisão).

O boletim da PRF diz que os dois policiais ficaram atendendo o acidente na Jorge Teixeira e, após irem no hospital colher mais informações com Uadra, ele já havia sumido da unidade.

Uadra é procurado por supostamente liderar o Consórcio do Crime, um grupo que ficou conhecido por decidir sobre divisão de custos e negócios para assassinar moradores da região.

Fugiu do Hospital ?

G1 entrou em contato com Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) para solicitar informações sobre o paradeiro e um possível “abandono” do paciente do local.

Em resposta, a assessoria da Sesau destacou que “o paciente deu entrada na unidade consciente, andando, orientado, passou pela neurologia e foi encaminhado a ortopedia, mas não quis ficar e foi embora”.

No prontuário, de acordo com a Sesau, o paciente chegou na unidade em prancha rígida do Samu e estava com o colar cervical.

Uadra teria contado sobre a situação do seu acidente de trânsito e, queixou-se de dor em ombro esquerdo e negou perda de consciência, êmese e sem outras queixas.

A Sesau afirma que não podia obrigar o paciente ficar no hospital, pois nenhuma unidade obriga qualquer paciente ficar internado à força.

O que diz a PRF?

A equipe de reportagem da Rede Amazônica entrou em contato com Polícia Rodoviária Federal (PRF) para questionar sobre a situação, já que a guarnição atendeu o acidente e, seguindo os protocolos, os documentos de todos condutores envolvidos em acidentes são registrados e consultados.

A PRF informou que “como existe uma investigação, no momento não pode se manifestar. Ao serem concluídos os autos, poderá haver parecer oficial”.

G1/RO


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