Este ano a Universidade Federal de Rondônia (Unir) foi afetada com uma redução de 18,35% no orçamento em relação a 2020. Esse não é o primeiro desfalque na verba da universidade. Desde 2014 o valor vem diminuindo e já somam mais de 40% a menos nas verbas discricionárias.
As despesas discricionárias nas universidades envolvem, por exemplo, gastos com luz, limpeza, manutenção, segurança e auxílios aos estudantes.
Do valor total enviado a Rondônia apenas 45% está disponível para uso imediato. Os outros 55% permanecem bloqueados até que uma nova votação seja feita no Congresso Nacional.
De acordo com a Unir, se o restante do valor não for aprovado, as atividades só poderão ser mantidas até o mês de junho, mesmo durante o ensino remoto. Apesar das despesas como energia e água terem diminuído durante a pandemia, desde o ano passado a universidade diz que ampliou os auxílios para os estudantes acompanharem as aulas remotas.
“Uma das questões que mais nos preocupa é o impacto na questão estudantil, nas bolsas e auxílios oferecidos aos alunos em situação de vulnerabilidade econômica”, aponta a reitora da Unir, Marcele Pereira.
O orçamento do Ministério da Educação (MEC) destinado às universidades federais em 2021 teve redução de 37% nas despesas discricionárias, se comparadas às de 2010 corrigidas pela inflação (veja gráfico abaixo).
Em valores atualizados, o orçamento do MEC para o ensino superior em 2010 seria hoje o equivalente a R$ 7,1 bilhões. Em 2021, é de R$ 4,5 bilhões. Houve queda também em relação a 2020, quando foi de R$ 5,5 bilhões. Os números são da Andifes.
Cortes no Ifro
Ifro Campus Vilhena (RO) — Foto: Divulgação/Ifro
O Instituto Federal de Rondônia (Ifro) também foi afetado pelos cortes com uma diminuição de 19%, equivalente a R$ 7,5 milhões. Do valor total, mais de R$ 5 milhões ainda estão bloqueados.
O reitor do Ifro, Uberlando Tiburtino, diz que diante da situação foi necessário cortar programas desenvolvidos pelo instituto como a produção de álcool em gel que era distribuído gratuitamente para instituições públicas.
“Quem perde são as mais de 40 mil pessoas que matriculamos no ano passado”.
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