O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou nesta quinta-feira (12) que deverão ser destinados R$ 10 milhões para as atividades ligadas à pesquisa da fosfoetanolamina em um período de 2 anos. Deste total, R$ 2 milhões serão alocados do orçamento de 2015. Em 2016 e 2017, serão aplicados mais R$ 8 milhões.
Nesta quarta-feira, segundo nota da pasta, foi definido pelo ministério um plano de trabalho para validar tecnicamente a molécula fosfoetanolamina, que poderia vir a ser usada no tratamento do câncer, caso tenha sua efetividade comprovada. Na segunda-feira (16), um grupo de cientistas deve apresentar um cronograma preliminar para a validação dos efeitos da molécula.
A ideia é que estudos sejam conduzidos por laboratórios que têm parcerias firmadas com o MCTI, além do Instituto Butantan e de institutos ligados ao Ministério da Saúde. O grupo envolvido na validação contará ainda com a participação de uma comissão do Ministério da Saúde (MS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina é alardeada como cura para diversos tipos de câncer, mas não passou por esses testes em humanos, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos.
Até o momento, o grupo de pesquisadores que desenvolveu a síntese da fosfoetanolaminaalegava que os testes clínicos não tinham sido concluídos pois havia má vontade por parte da Anvisa.
Ministério recomenda não usar
A recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas não façam uso da substância até que os estudos sejam concluídos. Castro afirmou ainda que a preocupação do Ministério a Saú