O casal suspeito de ter assassinado e jogado o filho recém-nascido dentro de um rio, em fevereiro deste ano, será julgado pelo Tribunal do Júri na próxima sexta-feira (13) em Jaru. De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), a dona de casa Lucineide dos Santos Silva, 29, e o marido dela são acusados de cortar a criança com um objeto pontiagudo.
Após o homicídio, os dois jogaram a vítima no Rio Mororó, em Jaru. Os Bombeiros encontraram o corpo do recém-nascido ainda com o cordão umbilical. A criança também apresentava lesões no braço direito, peito e cabeça. Os ferimentos possivelmente foram ocasionados por mordidas de peixes.
Com a repercussão do crime, moradores informaram à Polícia Civil que Lucineide era mão do bebê e que o casal iria se mudar pra Ji-Paraná (RO). Ao chegar na casa da família, os policiais encontraram a mudança já organizada para ser transportada.
Inicialmente a suspeita negou que tivesse grávida naquele período, porém ao passar por exames, a equipe médica constatou que a dona de casa havia tido um parto recente. Na ocasião, Lucineide decidiu assumir sobre o nascimento da criança, porém declarou que ninguém sabia do garantiu que ninguém da família sabia, nem mesmo o marido.
Em depoimento, Lucineide relatou que, no dia 12 de fevereiro, sentiu fortes dores, pois teria caído sobre a barriga durante a limpeza da casa. No dia seguinte, enquanto o marido trabalhava, a mulher começou a sentir dores novamente e pediu para que os filhos fossem brincar no quintal.
No trecho que do depoimento que o site teve acesso na época, a mulher relatou como praticou o crime: “Tranquei-me no quarto e as dores só aumentavam, eram as dores do parto. Com muito custo consegui dar a luz à criança. Embora sentisse muitas dores, não dei nenhum grito para que meus filhos não soubessem o que estava acontecendo. A criança nasceu, todavia estava morta, pois não chorou e não respirou. Consegui, sozinha, puxar o cordão umbilical até o momento que saiu junto a placenta”, diz.
Em seguida, conforme a polícia, Lucineide teria enrolado o bebê em uma toalha, colocado em uma sacola e depois em uma caixa. Logo depois limpou o local, tomou banho e esperou a chegada do marido. Durante a madrugada, a mulher verificou se todos na casa dormiam, saiu e jogou a criança no rio.
Mesmo a mulher negando que o pai da criança participou do crime, a polícia entendeu que o casal escondeu o corpo, juntos. O julgamento de Lucineide e do marido será realizado na próxima sexta, a partir de 8h, no Fórum de Jaru.