Com um rebanho bovino estimado em 13 milhões de cabeças, Rondônia ocupa a sétima colocação e é o quinto maior exportador do País. Entre janeiro e outubro deste ano, o estado exportou 94.502.025 quilos de carne bovina desossada e congelada, representando 46,45% das exportações rondonienses.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre janeiro e outubro deste ano foram movimentados US$ 396.737.662 com a carne de Rondônia.
Segundo o chefe de Divisão de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), João Carlos de Araújo Aranha, entre os fatores que mais contribuem para as exportações está a produção de animais isentos de doenças e com ótima qualidade. “O estado tem um bom programa de defesa sanitária, que nos permite ter um status sanitário de livre de febre aftosa com vacinação, habilitando-nos a exportar para diversos países. Outro fator é a qualidade das plantas frigoríficas instaladas em nosso estado”, apontou.
Atualmente, Rondônia possui 10 frigoríficos para abate de bovinos com Serviço de Inspeção Federal (SIF), o que garante a exportação para outros estados brasileiros e países. Os principais importadores da carne de Rondônia são a Rússia, Venezuela, Egito e Hong Kong.
Para o presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), José Alfredo Volpi, a parceria entre o produtor rural e a Idaron mostra que o estado está preparado para atender à demanda por alimentos vindos do campo. “Nosso produto tem qualidade, e estamos prontos para exportarmos para outros países também”, reforçou.
AFTOSA
O Estado de Rondônia é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação, desde 2003. O último caso da doença no estado aconteceu 1999, no município de Pimenteiras do Oeste.
Há mais de dez anos Rondônia apresenta índices de vacinação e declaração maiores de 99%, completando todo o rebanho após o período oficial, quando técnicos da Idaron vão até os produtores inadimplentes e os notifica a vacinarem os animais, com acompanhamento do fiscal da Agência.
O gerente de Defesa Sanitária Animal da Idaron, Fabiano Alexandre dos Santos, explicou que o sucesso da vacinação se deve à parceria da Agência com o produtor rural. “O produtor rural de Rondônia sabe a importância de manter o rebanho sadio. Em todas as campanhas de vacinação ele responde ao nosso chamado vacinando seu gado e comparecendo à Agência Idaron”, disse.
O prazo para vacinar todos os bovinos e bubalinos será encerrado no próximo domingo (15), enquanto que a declaração na Idaron deve ser feita até o dia 20. Para comprovar a vacinação, o pecuarista deve levar a Nota Fiscal da compra da vacina e a relação do rebanho por sexo e faixa etária.