Hospitais particulares de Porto Velho anunciaram que estão suspendendo os atendimentos de emergência ao público, desde a quarta-feira (17), por causa da superlotação dos leitos.
Usando as redes sociais, um dos hospitais privados anunciou que entrou em total colapso e não consegue atender mais ninguém nem no pronto-socorro.
“O Hospital Prontocodis informa a população de Porto Velho e aos planos de saúde que em razão dos leitos (UTI e clínicos) estarem 100% ocupados com os pacientes acometidos pela COVID-19 este Hospital entrou em colapso e infelizmente a medida a ser adotada será a suspensão, pelo período de 48 horas, do atendimento no Pronto Atendimento (PA)”, disse em nota.
A suspensão de atendimento no pronto-socorro começou na quarta-feira (17) e vai até a sexta-feira (19).
Hospital particular suspende atendimento de emergência por 48 horas — Foto: Reprodução/Instagram
Outra unidade que limitou o atendimento ao público é o Hospital Central. Em um comunicado, a empresa disse que o atendimento no pronto-socorro será exclusivamente aos pacientes que requerem real emergência.
“Caso o paciente precise de internação após o atendimento, será de responsabilidade da família providenciar sua remoção para outra unidade de saúde”, informou o hospital.
Lotação em todo estado
O número de pacientes aguardando na fila de espera também bateu recorde nesta quinta-feira (18) no estado de Rondônia. Já são 176 pessoas aguardam por um leito hospitalar.
Há mais de 50 dias, Rondônia está com ocupação máxima dos leitos e não consegue absorver a demanda de pacientes Covid.
Na última terça-feira (16), Rondônia registrou 1.960 novos casos positivos de Covid-19, um recorde de infecções em 24 horas.
Nas redes sociais, após o alto número de casos, o secretário Fernando Máximo fez um desabafo.
“Talvez você conheça uma dessas 1.960 pessoas que se contaminaram hoje. Cem delas aproximadamente, provavelmente estarão na UTI nos próximos 10 dias e 40 delas, provavelmente, nos próximos 25 dias estarão mortas. As filas de UTIs estão grandes e muita gente tem chorado porque os seus parentes não tem conseguido uma vaga.”