O deputado estadual Jair Montes está sendo alvo da operação Aleteia, neste sábado (6), por supostas fraudes em licitação para aquisição de testes da Covid-19. A 3ª fase da operação é realizada pelo Ministério Público de Rondônia e Polícia Civil.
De acordo com a investigação, Jair Montes teria usado emendas parlamentares em supostas fraudes licitatórias para a aquisição de testes rápidos do coronavírus.
A suspeita é de que o parlamentar tenha envolvimento em fraude para a aquisição de insumos para o combate à Covid em municípios de Rondônia.
Na operação deste sábado, uma decisão do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) determinou que o deputado seja afastado do cargo por 90 dias (enquanto segue a investigação).
Os agentes da Polícia Civil e MP também cumpriram mandados de buscas e apreensões no gabinete e residência do parlamentar.
À Rede Amazônica, a defesa do deputado Jair Montes informou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre a decisão judicial. A ALE-RO ainda não se manifestou sobre a ordem judicial para afastamento do deputado.
Em uma nota à imprensa, o deputado Jair Montes esclareceu sobre a operação e disse não ter tido acesso ao inquérito, ainda.
“Acerca dos fatos noticiados o deputado Jair Montes esclarece que: Não teve acesso ao inquérito e nem foi notificado. Que não há relação do parlamentar aos fatos imputados a ele. Pois o mesmo não é ordenador de despesa, e sim deputado. Logo não se justifica qualquer afastamento”.
“Jair Montes reafirma sua crença na autonomia dos Poderes e no respeito ao amplo direito de defesa, princípio consagrado pela Constituição estou me inteirando da situação, quando então tomarei as medidas necessárias para esclarecer todas as suposições acerca das investigações ocorridas de modo a preservar a minha honra, a minha família, os meus colaboradores e, principalmente, dar a satisfação necessária à população rondoniense”, diz o deputado através de nota.
Envolvimento de mais políticos
A promotoria de Justiça afirma que existem outros políticos, como ex-prefeitos, além de empresários. Os nomes deles, no entanto, não foram divulgados.
Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia, o processo da operação Aleteia está em segredo de Justiça.