Jamiro, um dos fugitivos, é acusado de matar o fazendeiro em uma disputa por terras no Vale do Jamari. Sejus diz que mata fechada no entorno do presídio dificultou recaptura.
Dois presos conseguiram fugir enquanto trabalhavam na área externa do Centro de Ressocialização Jonas Ferreti, em Buritis (RO), no Vale do Jamari. A fuga aconteceu na última sexta-feira (19) e Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) disse nesta quinta-feira (25) que eles seguem foragidos e a polícia tenta recaptura-los.
De acordo com a Sejus, Jamiro Alves e Leocir de Jesus Santos, ambos do regime fechado, trabalhavam do lado de fora do alambrado da unidade montando tubos de metal para bueiros, em um projeto em parceria com o executivo municipal.
Durante os trabalhos, os detentos “adentraram na capoeira e tomaram rumo ignorado”, conforme informa a secretaria.
A Sejus informou ainda que diligências foram realizadas na tentativa de recaptura, mas não houve sucesso “devido à mata fechada e a extensa capoeira nos entornos da unidade”.
Área do Centro de Ressocialização Jonas Ferreti, em Buritis — Foto: Google Maps/Reprodução
De acordo com a secretaria responsável pela administração do presídio, providências já foram tomadas, como uma apuração do fato na corregedoria e trabalho da equipe de inteligência em conjunto com a Polícia Civil para recapturar os foragidos.
Quem tiver informações sobre o paradeiro dos foragidos, deve entrar em contato por telefone com a PM (190) e Polícia Civil (197).
Acusado de matar fazendeiro
Jamiro Alves, um dos foragidos, é réu por homicídio qualificado, por ter matado um fazendeiro na região do Vale do Jamari. O crime ocorreu no dia 5 de agosto de 2017.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-RO), a vítima Lindalto Alves de Lima chegava em sua propriedade na Zona Rural de Alto Paraíso (RO), quando foi surpreendida por Jamiro Alves.
Escondido em um matagal, ele e um comparsa dispararam várias vezes contra o fazendeiro e ainda desferiram golpes de faca contra ele. O crime ocorreu a mando de Inri Câmera, que segundo o MP, pagou R$ 20 mil a Jamiro pela execução.
Em 2019, o juiz da 1ª Vara criminal decidiu que Jamiro e o comparsa Juarez deveriam ser julgados no Tribunal do Júri. A sessão de julgamento ainda não foi marcada.