A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou nesta quarta-feira (24) que está pronta para os testes em humanos de uma nova vacina contra a Covid-19, desenvolvida especificamente para a variante detectada na África do Sul.
“Esperamos ansiosos o início dos testes clínicos” – Stéphane Bancel, diretor-executivo da Moderna.
A variante sul-africana do Sars CoV-2, a 501Y.V2, é considerada uma das mais perigosas porque os cientistas acreditam que ela é capaz de escapar de alguns dos bloqueios que os anticorpos estabelecem contra as versões antigas do vírus.
Por isso, as pessoas infectadas anteriormente com as outras variantes podem ser mais suscetíveis a voltar a desenvolver a Covid-19 com a 501Y.V2. Além disso, as pesquisas sugerem que a proteção da primeira geração de vacinas é menor contra a nova variante da África do Sul, embora a maioria ainda seja eficaz.
A farmacêutica reafirmou que sua outra vacina já aprovada – que já está em fase de distribuição – tem capacidade “neutralizante” contra a variante sul-africana, mas que por “precaução” decidiu aplicar mais de uma estratégia.
Que vacina é essa? Moderna
De acordo com a farmacêutica, uma possível estratégia contra a variante sul-africana pode ser o uso do novo imunizante como uma dose de reforço, combinada com as duas doses da atual vacina contra a Covid-19.
Produção
A Moderna informou que também aumentou a expectativa de produção de vacinas em 2021 para 700 milhões de doses no mundo todo e que, além disso, avalia outras possíveis melhoras em seu processo de manufatura que poderiam elevar a produção para até 1 bilhão de doses.
A empresa disse ainda que está investindo em sua capacidade adicional de fabricação, o que deve levar sua produção global em 2022 para cerca de 1,4 bilhão de doses.
Em janeiro, os Estados Unidos descobriram o primeiro caso da variante sul-africana e, desde então, ela apareceu em diversos estados. Estudos sugerem que ela pode ser mais resistente às vacinas existentes do que outras variantes do coronavírus. Por enquanto, o Ministério da Saúde não confirmou um caso da 501Y.V2 no Brasil.
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