Cientistas britânicos descobriram no fim do ano passado nova cepa do vírus causador da covid-19 que é também mais transmissível
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou nesta sexta-feira (22) haver evidências científicas de que a nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 descoberta na Inglaterra, em dezembro, poderia estar associada à letalidade maior da covid-19 observada no país nas últimas semanas.
“Fomos informados hoje que além de se espalhar mais rapidamente, agora também parece que há algumas evidências de que a nova variante — a variante que foi descoberta pela primeira vez em Londres e no sudeste [da Inglaterra] — pode estar associada a um alto grau de mortalidade”, disse Johnson em entrevista coletiva.
Desde o descobrimento da nova variante do vírus, em dezembro, o Reino Unido passa por sucessivos recordes de casos e mortes por covid-19. Apenas ontem, os quatro países registraram 1.820 óbitos em 24 horas, segundo a Universidade Johns Hopkins.
A média diária de novas infecções está em 40,4 mil casos, um dos patamares mais elevados do mundo.
O conselheiro científico do governo, Patrick Vallance, reforçou que pessoas infectadas com a variante britânica correm mais risco do que as que contraem as cepas que já eram conhecidas antes.
“Há evidências de que há um risco maior para quem tem a nova variante, em comparação com o vírus antigo. […] Se você pega… um homem na casa dos 60 anos, o risco médio é que, para 1.000 pessoas infectadas, espera-se que cerca de 10 morram, infelizmente, com o vírus. Com a nova variante, para 1.000 pessoas infectadas, espera-se cerca de 13 ou 14 mortes”, acrescentou.
Fonte: R7