Contrariando o Tribunal de Contas do Estado (TCE/RO) que no fim do ano passado expediu recomendação para que os órgãos públicos de Rondônia realizassem corte e se abstivessem de novas despesas devido à crise causada pela pandemia do Novo Coronavírus, alguns vereadores da cidade de Jaru, articulam a criação de uma verba de gabinete com o valor de R$ 3 mil mensal.
O benefício aos edis, impactaria em uma despesa adicional mensal de R$ 45.000,00 e anual de R$ 540.000,00, ou seja, no acumulado de uma legislatura, seria R$ 2,1 Milhão.
A proposta não é consenso entre os vereadores, de acordo com levantamento feito pelo Jaru Online, há pelo menos 8, dos 15 vereadores favorável ao benefício extra, número este, suficiente para aprovação caso o presidente Luiz Eduardo Schincaglia, aceite a proposta e de andamento, enviando as comissões e ao plenário para votação.
Procurados, alguns vereadores se eximem em tocar no assunto.
Salários controversos
No ano passado, a Câmara de Vereadores, aprovou sem dotação orçamentaria, um aumento de salários para os vereadores de 57%, que elevou seus preventos de R$ 6.400,00 para R$ 10.000,00. Logo foi percebido que o reajuste esbarraria na Lei de Responsabilidade Fiscal, que delimita os gastos máximo com folha de pagamento.
Diante da eminencia da não obtenção do saldo extra, iniciou-se articulações para criação de outro benefício que compensaria a perca.
Em primeira sessão extraordinária da nova legislatura, realizada em 13 de janeiro deste ano, a Câmara foi obrigada a recuar, e aprovou seus salários em R$ 8.200,00 por seis meses, mas não deixou claro, qual será a fonte extra de recurso que respaldará o salário almejado de R$ 10 mil mensal após este período.