O Conselho Regional de Medicina (Cremero) emitiu um alerta nesta quarta-feira (2) para o risco de uma segunda onda de Coronavírus em Rondônia, por conta do aumento no número de internações nas unidades de saúde do Estado.
O último boletim do Coronavírus divulgado na quarta-feira (2) pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e a Secretaria de Estado da Saúde, confirmou 81.322 casos de Covid-19 em Rondônia. Já são 300 pessoas internadas nos últimos dias e 1.570 mortes.
O presidente do Cremero, Robinson Machado, reforçou ainda, uma possível redução na atuação dos profissionais de saúde que, além do desgaste físico e emocional acumulado durante o ano, devido à sobrecarga de trabalho, correm ainda o risco de serem contaminados.
Dados apresentados pelo presidente mostram que Ji-Paraná e o Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal se encontraram com 100% dos leitos ocupados. Na capital, o Cemetron está com 70% de ocupação, a Unidade de Assistência Médica Intensiva (AMI) e o Hospital de Campanha, com 85% de ocupação. O presidente destacou ainda, as internações registradas na rede municipal de saúde. “A situação está bastante crítica e o sistema corre o risco de um colapso”, afirmou.
Segundo Robinson Machado, ainda não há um prognostico atual feito pelo Cremero referente ao quantitativo de casos que podem aumentar nas próximas semanas ou número de mortes e internações. “No entanto, há um trabalho realizado no início da pandemia, por médicos conselheiros do Cremero que fizeram projeções coincidentes com o cenário atual. A gente vai começar a trabalhar nesse sentido a partir de agora, com os casos que apareceram e com as unidades que estão aumentando as internações”, disse o presidente.
O presidente também faz um alerta às pessoas já contaminadas pela Covid-19. “Não pensem que estão imunizadas, pois o risco de uma segunda contaminação é muito grande. A população no modo geral, precisa voltar a ter os cuidados necessários para a prevenção do contágio, como uso de máscara, álcool em gel e a lavagem de mãos, além de evitar aglomerações e realizar o distanciamento social”, alertou.