De acordo com o secretário estadual da Agricultura, Evandro Padovani, o desenvolvimento do setor produtivo e a consequente expansão da agroindústria são resultado de um trabalho dirigido pelo Governo de Rondônia, que incentiva e estimula a capacidade produtiva das propriedades rurais, possibilitando e subsidiando meios como a recuperação e destoca de áreas degradadas, distribuição de calcário e uma série de outros incentivos para a produção de grãos, peixes, carne, leite e todos seus derivados, que passaram a ser transformados (industrializados) no campo e depois exportados.
Baseada na Zona da Mata, também chamada de VIII Região Territorial Rondoniense, integrada pelos municípios de Rolim de Moura, Novo Horizonte, Santa Luzia, Alto Alegre dos Parecis, Nova Brasilândia, Castanheiras e Alta Floresta do Oeste, contempla uma área de 16.572,647 km² (5,57% do estado), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com intensa produção de grãos – soja, milho e café, principalmente – de carne e leite, e um universo de cerca de 70 agroindústrias que estão gerando emprego, renda e ampliando as marcas da economia estadual, contribuindo decisivamente com sua pauta de exportações.
Tendo a agricultura e a pecuária (33,63%) e ainda a indústria (10,44%) como base de sua economia, a VIII Região, que tem uma população de cerca de 140 mil habitantes, foi beneficiada até agora com mais de R$ 1 milhão destinado pelo governo aos projetos das agroindústrias, recursos investidos, segundo Antônio Henrique Fernandes, gerente de Agroindustrialização da Seagri, na aquisição de equipamentos que tornaram possível a industrializam de praticamente tudo que produzem as pequenas e médias propriedades da região.
Ali, segundo Fernandes, a linha láctea, à frente de todos os empreendimentos, processa e entrega no mercado consumidor do estado milhares de litros de leite e iogurtes, toneladas de queijos mozarela (ou muçarela), manteiga, assim como os abatedouros de suínos e frangos distribuem toneladas de uma linha de carnes nobres processadas, defumadas e embutidos (salames, presuntos), além de uma variedade de produtos igualmente industrializados como polpa de frutas, ovos de codorna, fécula de mandioca, rapadura, melado, compotas, mel e derivados, castanha e uma linha inovadora na área de panificação, incluindo doces variados, produção que vai gerar um caixa de R$ 4,5 milhões este ano para as agroindústrias da região.
Referência em projetos de sucesso do setor produtivo, com importantes iniciativas na produção de gado de corte e leiteiro, indústria de laticínios e vários projetos de agroindústria, a Zona da Mata ou a VIII Região rondoniense, por suas características de solo e topografia, tornou-se um polo, um modelo produtivo que tem influenciado outras regiões pelos resultados que tem alcançado.
Rolim de Moura
Popas de frutas produzidas por agroindústria familiar de Ariquemes
Considerada capital da região, a cidade de Rolim de Moura, por exemplo, com cerca de 55 mil habitantes, passou a atrair diversos empreendimentos. No município foram instaladas várias agroindústrias no período de um ano, segundo Fernandes, entre as de processamento de mel, iogurte, queijos, manteigas, embutidos e do segmento de frutas. O município também sedia uma grande indústria de laticínios, a Sorolac – Indústria de Concentração, Secagem e Produção de Leite em Pó, que produz atualmente cerca 20 toneladas de soro de leite em pó por dia, utilizados na Indústria alimentícia, na produção de sorvetes, bolos, chocolates, ração e, também, pelos laboratórios na produção de medicamentos.
Alta Floresta
O município de Alta Floresta do Oeste, por sua vez, tornou-se referência em toda região como modelo de gestão, resultado do caráter empreendedor dos produtores locais que, apoiados também pela administração municipal, parceira do governo estadual, já implantou 26 agroindústrias, que produzem do leite pasteurizado ao artesanato de qualidade.
Nova Brasilândia
A agroindústria de laticínios em Nova Brasilândia tem uma produção média de 200 quilos de muçarela por dia, entre outras iniciativas que movimentam a economia local gerando emprego e renda.
Seu parque agroindustrial foi reforçado com a inauguração de um abatedouro de suínos e uma cooperativa de polpa de frutas (Coopa Bras), que juntos vão criar cerca de uma centena e empregos diretos e indiretos, que, inteiramente apoiada com recursos do Governo de Rondônia, promete transformar social e economicamente a vida em sua região de influência.
Apoio ao produtor
Segundo Henrique Fernandes, o produtor rural que tem algum tipo de negócio, que produz leite, farinha, mel, doces ou outra atividade de sustento, e que deseja ampliar seu negócio deve se informar nas representações da Seagri e junto aos técnicos da Emater para ter a orientação adequada para seu empreendimento.
O gerente da Seagri informou ainda que além dos subsídios para compra de equipamentos – o que é feito nos termos de comodato -, o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria da Agricultura, fornece até e gratuitamente o projeto arquitetônico da agroindústria, devidamente aprovado e pronto para ser executado, o que, segundo ele, é mais uma medida oficial para fomentar as iniciativas do setor.
O Governo de Rondônia tem todos os motivos para investir na agroindustrialização, uma vez que a tem como vetor essencial de sustentabilidade do seu processo de desenvolvimento, que por si organiza as atividades produtivas, promovendo e estabelecendo vínculos entre as potencialidades do setor primário com os processos de transformação industrial, o que, por fim, é o estágio a que o governo espera chegar.
Fonte: Secom-Governo de Rondônia