Lívia Oliveira da Silva Borges, de 10 meses, ainda precisa passar por cirurgia de correção no coração. Família pede ajuda para pagar custear tratamentos.
Além de conviver com a síndrome de Down e lutar contra uma má formação no coração — chamada de Pentalogia de Fallot —, a pequena Lívia Oliveira da Silva Borges, de 10 meses, está tendo que batalhar contra uma nova doença: a Covid-19.
Isso porque dias depois de ser internada no Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Velho, devido a uma pneumonia, Lívia e o pai Gerliano Borges Dias, que trabalha como pedreiro, apresentaram sintomas do novo coronavírus.
Lívia se recupera bem dos sintomas da Covid-19. Entretanto a preocupação da família está agora relacionada à cirurgia de correção no coração da bebê. Segundo os pais, a operação tem custo de aproximadamente R$ 250 mil.
O diagnóstico inicial de Lívia foi de Tetralogia de Fallot, uma má formação no coração caracterizada por quatro anomalias cardíacas. Somente após o início do tratamento, em 25 de julho, foi descoberto que em vez de quatro anomalias, a menina possui cinco, denominando a Pentalogia de Fallot, doença considerada rara.
De acordo com os pais, o tratamento que a bebê precisa para amenizar os efeitos da doença é feito no município de Cacoal (RO), porém desde que Lívia nasceu, em 6 de outubro de 2019, o tratamento foi feito uma única vez.
“Parou o tratamento dela por causa dessa pandemia. E só tá piorando, tava dando falta de ar, as mãozinhas dela começaram a ficar roxas e os pezinhos. Debaixo dos olhos ficava tudo escuro, tipo uma cor preta, relatou o pai.
O pai informou ao G1 que já encaminhou o caso da filha ao Tratamento Fora do Domicílio (TFD) do Sistema Único de Saúde (SUS), e já entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), porém ainda não recebeu previsão de data para a realização da cirurgia.
“Os médicos, tanto de Vilhena quanto de Porto Velho, falaram a mesma coisa: que a cirurgia dela tem que ser imediata. Quanto mais rápido é melhor, porque ela pode ter uma parada respiratória, ou parada cardíaca a qualquer momento”, relata.
Em nota, a assessoria de imprensa da Sesau informou que o laudo da criança chegou no dia 25 de agosto ao Tratamento Fora do Domicílio (TFD) e está passando por toda uma análise de conferência.
“O mesmo foi incluído no dia 26, e aprovado no mesmo dia, pelo Ministério da Saúde, que já solicitou a vaga para o estado de São Paulo. Agora está esperando aprovação do regulador, que executa o serviço. Ou seja o hospital que encaminha para o TFD o dia para receber a paciente. Lembrando que essa cirurgia é eletiva”, consta na nota da Sesau.
Pedido de ajuda
O seu Gerliano diz que não tem condições de custear o tratamento da filha, por isso pede apoio de quem puder ajudar.
“O que a gente tá pedindo não é nem ajuda financeira, é a cirurgia. As pessoas se comovem, mas até agora a ajuda não veio. Tem possibilidade de ser reversível o problema dela”.
Conforme a família, é necessário que a cirurgia seja feita antes do aniversário de 1 ano de Lívia, pois o corpo da menina não está acompanhando o crescimento rápido do coração. Falta menos de dois meses para completar este prazo.