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Jaru, 27 de outubro de 2024

Estudantes vestem camisa do Fla para amolecer o coração do professor e dar prova com pesquisa

Flamenguista apaixonado e professor dedicado, Jackson Baltazar levou o amor pelo clube para as salas de aula de uma faculdade de Porto Velho e ganhou de presente uma homenagem surpresa: no dia da prova de Probabilidade e Estatística, todos os alunos apareceram vestidos com a camisa rubro-negra, motivados por uma proposta irônica de poder fazer o teste com ajuda do material de apoio. A atitude, um pouco interesseira, tocou o coração do professor ‘linha dura’.

Alunos vestem camisa do Fla para "amolecer coração" do professor flamenguista (Foto: FGV/ Assessoria)
Alunos vestem camisa do Fla para “amolecer coração” do professor flamenguista (Foto: FGV/ Assessoria)

A prova

Final de semestre, o período de provas chegou, e com ele a tensão dos alunos do curso de Sistemas da Informação, em que Jackson dá aulas. Próximo a prova, os alunos pediram para fazer o exame com consulta ao material. Em tom de brincadeira, o professor afirmou que só poderiam se fossem vestidos como ‘bons flamenguistas’. Para a sua surpresa, foi o que aconteceu.

– A matéria é uma das que mais reprovam no curso. Os alunos pediram para fazer a prova com consulta, e eu brincando disse que só poderiam se todos fossem vestidos com a camisa do Flamengo. Não esperava que fossem me levar a sério. Eles sabem da minha devoção pelo Flamengo, uso os jogos como exemplos durantes as aulas, e eles quiseram usar isso a favor deles na prova.

Jackson e Beto (Foto: Jackson Baltazar/ Arquivo pessoal)
Professor fanático: registro com Beto
(Foto: Jackson Baltazar/ Arquivo pessoal)

Emocionado, Baltazar explica que a ação conseguiu tocar o seu coração, o que não deixou a prova mais fácil.

– Alguns estavam com camisa de outros clubes por baixo, mas não deixaram de vestir o rubro-negro. Foi muito legal ver vascaíno, corintiano vestindo o manto. São coisas que o dinheiro não paga.

Coração rubro-negro

Jackson conta que quando era criança queria torcer para o time que estava ganhando, e na época era o Flamengo. Com o passar do tempo o amor foi aumentando e chegou a se tornar inabalável.

– Eu brinco que existem cláusulas pétreas na minha vida: o Flamengo, o jiu-jítsu e minha opção sexual, de resto tudo pode mudar. O futebol e a luta são a minha vida, só que sofro muito mais com o Flamengo. Com o jiu-jítsu é só alegria. Na verdade, sofrer e ser flamenguista é quase um pleonasmo, porém, este ano, até que o sofrimento não está sendo tão grande.

Com a rotina programada para sobrar tempo para os jogos, principalmente do Campeonato Carioca, o jiu-jiteiro fala sobre um dos momentos mais memoráveis, quando conheceu grandes nomes que hoje atuam pelo master do Flamengo, como o zagueiro Rondinelli e o atacante Cláudio Adão.

Jackson organizou um evento em 2013 em RO, quando conheceu a equipe master do Fla (Foto: Jackson Baltazar/ Arquivo pessoal)
Jackson organizou um evento em 2013 em RO, quando conheceu a equipe master do Fla (Foto: Arquivo pessoal)

– Quando vou negociar meus contratos na faculdade todos já sabem que na quarta-feira eu não dou aula. Minha agenda é feita de acordo com os jogos do Flamengo, e isso já me trouxe muitas alegrias. Em um amistoso em Porto Velho que eu estava na organização, trouxemos o master do Flamengo para jogar. Acabei conhecendo muitos jogadores como o Beto, Rondinelli, Cláudio Adão, Renato Carioca e o Serginho. Viraram meus amigos e tenho contato com eles até hoje.


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